Empresário e advogado estão entre os alvos de grupo suspeito de sonegar mais de R$ 370 milhões em impostos em MT


Ao todo, são cumpridas de 22 ordens judiciais, entre mandados de prisão e busca e apreensão, e sequestro de bens, no estado. Bruno Cicaroni Alberici e Elisandro Nunes Bueno são alvos de operação da Polícia Civil
Reprodução
Um advogado e um empresário estão entre os alvos do grupo suspeito de sonegar mais de R$ 370 milhões em impostos. A Polícia Civil deflagrou as operações “Déjà vu” e “Odisseia”, na manhã desta quarta-feira (31), para cumprir 22 mandados de prisão, busca e apreensão e sequestros de bens, em Cuiabá e Várzea Grande, região metropolitana da capital.
De acordo com a Polícia Civil, um dos alvos presos é o empresário Bruno Cicaroni Alberici. As empresas do investigado são do ramo do agronegócio e de transporte rodoviário de carga.
Outro alvo da operação é o advogado Elisandro Nunes Bueno. Um outro investigado está foragido.
O g1 entrou em contato com os telefones disponíveis no cadastro das empresas ligadas ao empresário, mas todas as ligações caíram na caixa postal. Já o advogado não atendeu as ligações.
Entenda o caso
São cumpridas 24 ordens judiciais em 3 estados
Polícia Civil
Dois grupos criminosos suspeitos de sonegar mais de 370 milhões em impostos são alvos de duas operações, em Mato Grosso, no Pará e Paraná. A ação é realizada pela Delegacia Especializada de Crimes Fazendários (Defaz), e o Ministério Público Estadual (MPE), com o apoio da Secretaria de Fazenda Estadual (Sefaz) de Mato Grosso.
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As operações “Déjà vu” e “Odisseia” buscam desmantelar dois grupos criminosos que causaram prejuízos aos cofres públicos, por meio de diversas fraudes fiscais relacionadas ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS).
Investigações
Durante as investigações, a polícia constatou que os suspeitos criaram diversas empresas de fachada, além de usar de artifícios para induzir o Poder Judiciário ao erro, obtendo liminares indevidas, com intuito de fraudar a fiscalização e lesar os cofres públicos.
Ainda durante as investigações, foi observada a utilização de dados cadastrais de contadores que já morreram, com objetivo de dificultar e responsabilizar o verdadeiro responsável contábil que operava para a organização criminosa.
Também foi identificada a criação de diversas empresas registradas em nome de laranjas, com a intenção de possibilitar a sonegação de impostos, mascarando a origem real dos produtos e o responsável de fato pela expedição da nota fiscal.
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