Coronéis da PMDF investigados por omissão em ‘8/1’ são transferidos para reserva remunerada com salário de R$ 39 mil


Klepter Rosa Gonçalves e Fábio Augusto Vieira estão presos em Brasília; decisão foi assinada pela Comandante-Geral da PMDF e publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (31). g1 busca falar com defesa dos militares. Coronéis Klepter Rosa e Fábio Vieira acusados de omissão no dia 8 de janeiro de 2023.
Geraldo Magela/Agência Senado e Marcelo Camargo/Agência Brasil
Os coronéis da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Klepter Rosa Gonçalves e Fábio Augusto Vieira foram transferidos para a reserva remunerada pela comandante-geral da PMDF, Ana Paula Barros Habka. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta quarta-feira (31).
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A reserva remunerada é uma espécie de aposentadoria para policiais militares, segundo a PMDF. Os coronéis – que estão presos em Brasília, suspeitos de omissão nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 – vão receber o equivalente hoje a R$ 39.955,27 líquido.
O militar é colocado nesta situação após completar determinado tempo de serviço na corporação. Para ir para a reserva remunerada são 30 anos de serviço mais pedágio de 17% sobre o tempo faltante para completar os 30 anos.
O g1 tenta falar com a defesa dos militares.
Quem são os policiais militares?
Klepter Rosa Gonçalves, durante entrevista coletiva para detalhar o plano de segurança para manifestações previstas do Distrito Federal, em imagem de janeiro de 2023
Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo
Klepter Rosa Gonçalves, subcomandante-geral da PMDF em 8 de janeiro de 2023, afirmou, durante a CPI dos Atos Antidemocráticos, na Câmara Legislativa do DF, que foi informado que havia efetivo suficiente para conter os atos antidemocráticos em 8 de janeiro.
Fábio Augusto Vieira na CPI dos Atos Golpistas
Geraldo Magela/Agência Senado
Fábio Augusto Vieira, então comandante-geral da PMDF em 8 de janeiro de 2023, era o responsável pela PMDF no dia 8 de janeiro, quando ocorreram os ataques terroristas aos prédios das ssedes dos Três Poderes, em Brasília.
Crimes que foram acusados
Os policiais estão presos, desde agosto de 2023, tiveram a função pública suspensa e os bens bloqueados e foram acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos crimes de:
omissão
abolição violenta do Estado Democrático de Direito
golpe de estado
dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima
deterioração de patrimônio tombado
violação de deveres funcionais
De 9 a 20 de fevereiro, os dois ex-integrantes da cúpula da PMDF serão julgados no Supremo Tribunal Federal (STF). Nesse modelo, os ministros inserem seus votos no sistema eletrônico e não há sessões de debates. Os ministros vão decidir se eles serão réus e passam a responder a uma ação penal.
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