
Nos últimos meses, um novo e sofisticado golpe digital tem preocupado especialistas em segurança cibernética no Brasil. A ameaça, identificada pela empresa Cleafy, é um malware denominado SuperCard X, que tem como alvo dispositivos Android e é capaz de clonar cartões bancários utilizando a tecnologia NFC (Near Field Communication). Esse vírus é distribuído por meio de um golpe de mensagens falsas em aplicativos de mensagens como WhatsApp e Telegram, simulando alertas de segurança de bancos. Ao induzir a vítima a instalar um aplicativo malicioso disfarçado de ferramenta de proteção, os criminosos conseguem acessar dados sensíveis e realizar transações financeiras sem o conhecimento do usuário.
O diferencial do SuperCard X está no uso da tecnologia NFC para clonar cartões. Quando a vítima aproxima seu cartão de crédito ou débito do celular infectado, o malware captura os dados de pagamento e os transmite em tempo real para um dispositivo controlado pelos golpistas. Esse aparelho, por sua vez, emula o cartão roubado para realizar compras ou saques em terminais físicos, como maquininhas de cartão ou caixas eletrônicos. Esse ataque é rápido e silencioso, dificultando a detecção por parte da vítima e dos sistemas de segurança bancários.
Como o SuperCard X infecta dispositivos Android?
O SuperCard X é distribuído por meio de mensagens fraudulentas que simulam alertas de segurança de instituições bancárias. Essas mensagens induzem o usuário a entrar em contato com um número de suporte falso, onde os criminosos se passam por funcionários do banco e convencem a vítima a instalar um aplicativo malicioso disfarçado de ferramenta de proteção. Esse aplicativo solicita permissões mínimas, como o acesso à função NFC, e se camufla com ícones aparentemente inofensivos. Uma vez instalado, o malware permanece oculto no sistema até que a vítima realize uma transação financeira, momento em que entra em ação.
O uso da tecnologia NFC é o principal diferencial do SuperCard X. Essa tecnologia permite a comunicação sem fio entre dispositivos próximos, como smartphones e cartões bancários. Ao aproximar o cartão do celular infectado, o malware captura os dados de pagamento e os transmite em tempo real para um dispositivo controlado pelos criminosos. Esse aparelho emula o cartão roubado para realizar compras ou saques em terminais físicos, como maquininhas de cartão ou caixas eletrônicos. Esse processo é rápido e silencioso, tornando difícil para a vítima perceber o roubo até que seja tarde demais.

Quais são os riscos associados ao SuperCard X?
Os riscos associados ao SuperCard X são significativos, pois o malware é capaz de clonar cartões bancários e realizar transações financeiras sem o conhecimento da vítima. Além disso, o uso da tecnologia NFC permite que os criminosos capturem os dados de pagamento em tempo real, facilitando a realização de compras ou saques em terminais físicos. Esse tipo de ataque é difícil de detectar, pois ocorre de forma silenciosa e rápida. As vítimas podem não perceber o roubo até que verifiquem suas contas bancárias e notem transações não autorizadas.
Outro risco associado ao SuperCard X é a possibilidade de o malware permanecer oculto no sistema por um longo período. Como o aplicativo malicioso solicita permissões mínimas e se camufla com ícones aparentemente inofensivos, é difícil para o usuário identificar sua presença. Isso permite que os criminosos realizem múltiplas transações financeiras sem que a vítima perceba. Além disso, o malware pode ser atualizado remotamente pelos criminosos, tornando-o ainda mais difícil de detectar e remover.
Como se proteger do SuperCard X?
A proteção contra o SuperCard X envolve a adoção de boas práticas de segurança digital. Primeiramente, é essencial evitar clicar em links suspeitos recebidos por meio de mensagens em aplicativos de mensagens como WhatsApp e Telegram. Esses links podem direcionar para sites fraudulentos que induzem o usuário a instalar aplicativos maliciosos. Além disso, é importante não fornecer informações pessoais ou bancárias por telefone, especialmente se o contato não foi iniciado pelo usuário.
Outra medida de proteção é instalar aplicativos apenas de fontes confiáveis, como a Google Play Store. Aplicativos de fontes desconhecidas podem conter malwares que comprometem a segurança do dispositivo. Além disso, é recomendável manter o sistema operacional do dispositivo atualizado, pois as atualizações frequentemente incluem correções de segurança que protegem contra ameaças conhecidas.
Por fim, é aconselhável desativar a função NFC quando não estiver em uso, pois essa tecnologia pode ser explorada por malwares para clonar cartões bancários. Além disso, é importante monitorar regularmente as transações bancárias e relatar imediatamente qualquer atividade suspeita ao banco, para minimizar os danos em caso de fraude.
O que fazer se você foi vítima do SuperCard X?
Se você suspeita que foi vítima do SuperCard X, é importante agir rapidamente para minimizar os danos. Primeiramente, entre em contato com o seu banco para relatar a fraude e solicitar o bloqueio imediato do cartão bancário clonado. O banco pode orientá-lo sobre os próximos passos e, se necessário, emitir um novo cartão.
Além disso, é recomendável remover o aplicativo malicioso do dispositivo. Para isso, vá até as configurações do dispositivo, localize o aplicativo suspeito e selecione a opção para desinstalá-lo. Se o aplicativo não puder ser removido dessa forma, pode ser necessário realizar uma restauração de fábrica do dispositivo, o que apagará todos os dados e aplicativos instalados.
Após remover o aplicativo malicioso, é importante alterar as senhas de contas bancárias e outros serviços online que possam ter sido comprometidos. Escolha senhas fortes e únicas para cada conta e considere utilizar um gerenciador de senhas para armazená-las de forma segura.
Por fim, registre um boletim de ocorrência relatando a fraude. Isso pode ser necessário para fins legais e para auxiliar na investigação do crime. Além disso, o boletim de ocorrência pode ser exigido pelo banco ou por outras instituições ao processar reclamações ou solicitações de reembolso.
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