Nova plataforma conecta mídias populares para enfrentar desigualdades na comunicação

A partir de segunda-feira (5), uma nova ferramenta entra em cena com o objetivo de apoiar a comunicação popular no Brasil. O projeto Território Mídias Brasil (TMB), iniciativa construída em articulação com o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e a Fundação Banco do Brasil, busca integrar e fortalecer 400 coletivos de mídia independente espalhados por quatro estados: Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul.

“É importante ressaltar que o projeto está chegando como um espaço para as mídias populares. Além de muitas outras coisas que vão acontecer, a notícia quente é que vamos estrear ao vivo na TVT na segunda-feira (5), e o melhor de tudo é que este lançamento vai ser feito diretamente por comunicadores populares que há tempos lutam pela democratização da comunicação. É um campo fértil que se abre”, conta Dad Matos, responsável pela comunicação do projeto.

A proposta do projeto é oferecer estrutura e espaços de troca para que rádios, jornais, zines, TVs comunitárias e mídias digitais possam criar em rede, trocar experiências e ampliar o alcance de suas vozes. Para isso, o TMB disponibiliza uma plataforma digital com espaço de armazenamento gratuito, biblioteca coletiva, fóruns, encontros virtuais periódicos e encontros presenciais nos estados participantes.

“O Território Mídias Brasil está crescendo com a força de movimentos sociais, coletivos e mídias periféricas que fortalecem a comunicação popular na divulgação de lutas e conquistas a partir dos territórios. Uma informação importante é que todas as mídias cadastradas no TMB vão poder contar com o apoio de instituições como o Instituto Vladimir Herzog, que irá oferecer suporte aos comunicadores por meio da Rede Nacional de Proteção a Jornalistas e Comunicadores”, comenta Cecília Figueira, coordenadora de comunicação social da iniciativa.

Mais que uma ferramenta, o TMB se define como espaço de resistência e articulação, que reconhece nas periferias e territórios populares a potência para reverter a lógica concentradora da mídia hegemônica.

“É impossível seguir naturalizando a desinformação que atravessa o nosso povo. Ou a gente se junta e enfrenta isso com informação de verdade, ou seremos sempre alvo do mesmo sistema que nos silencia”, afirma Dad.

Além de conteúdos colaborativos, a plataforma também será alimentada por produções próprias voltadas para temas como direitos sociais, políticas públicas e experiências populares de transformação.

“As alternativas já existem. Elas nascem todos os dias nos territórios onde a vida resiste. Nossa missão é conectar essas iniciativas, dar visibilidade e produzir sentido coletivo para outro futuro possível”, aponta Figueira.

Participe dessa construção coletiva

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