‘Defender a vida e combater o agronegócio’ são temas da 12ª da Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária

Na próxima terça-feira (6) ocorre a abertura da 12ª Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária (JURA), às 15h, no Quilombo da Gamboa, localizado na zona portuária do Rio de Janeiro.

O evento contará com uma mesa de debate com a presença de Karina Kato, professora do Programa de Pós-Graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ); Mateus Santos, dirigente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST); e de Vitória França, estudante da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e integrante do Levante Popular da Juventude.

A JURA teve sua primeira edição em 2013, no contexto do 2º Encontro Nacional de Professores Universitários com o MST e vinculada à Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária. Ao longo dos anos, a jornada tem aumentado a participação de instituições e pessoas, consolidando-se como um importante espaço de diálogo e mobilização em torno da reforma agrária.

Neste ano, o lema da jornada, que se estende até novembro e reúne universidades, institutos federais e movimentos populares, é “defender a vida, combater o agronegócio”. Para Suelen Estevam, da direção do setor de Educação do MST no Rio, um dos objetivos da JURA é a conscientização de estratégias que fortaleçam a luta por justiça social no país.

“A JURA destaca a necessidade de conscientização da desigualdade do acesso à terra no Brasil e a redistribuição dessas terras de forma mais justa e igualitária. A jornada tem uma grande importância em conscientizar a população da luta em defesa da questão agrária, contra o agrotóxico, pela educação no campo, sobre a justiça climática e também pensar em como a sociedade pode se somar nas lutas por justiça social e reforma agrária” conta Estevam ao Brasil de Fato.

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Segundo o MST, a jornada consolidou-se como um amplo espaço de defesa das pautas concretas das famílias assentadas, evidenciando a falta de apoio e políticas públicas eficazes para o desenvolvimento da reforma agrária.

“Uma reforma agrária popular não é apenas um projeto camponês, é um projeto de sociedade e isso só se faz com a unidade da classe trabalhadora urbana e camponesa e por isso a JURA é tão importante para este debate com a sociedade civil”, detalha Gabriela Haua, do setor de formação MST RJ à reportagem.

Este ano, a jornada está sendo organizada pelo MST, juntamente com a Uerj, UFRJ, UFRRJ, UNIRIO, UFF, PUC, institutos federais e Levante Popular da Juventude. Diversas atividades, mesas de debates e exposições para divulgar e incentivar a consciência acerca da reforma agrária popular estão na programação do encontro.

Serviço:

Abertura da 12ª Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária (JURA)

Data: 6 de maio

Horário: 15h

Endereço: Quilombo da Gamboa – Rua do Quilombo, 357, Rio de Janeiro

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