A Secretaria de Saúde de Feira de Santana vai promover, no próximo dia 19, o simpósio em alusão ao Dia Nacional de Luta Antimanicomial, celebrado em 18 de maio. O evento será realizado das 8h às 12h, no Centro Universitário Unex, e tem como objetivo reforçar o debate sobre os direitos das pessoas que sofrem de transtornos mentais e a importância do cuidado em liberdade.
Com o tema “Luta Antimanicomial no Cenário Contemporâneo: Desafios atuais e o despertamento das potencialidades da RAPS (Rede de Atenção Psicossocial)”, o evento será destinado a profissionais que atuam na rede de cuidados a pessoas com transtornos mentais, no município.
A proposta é promover reflexões sobre os desafios enfrentados atualmente na assistência psicossocial e destacar o papel da RAPS como estratégia de cuidado integral e humanizado.
“Esse será um momento para refletir sobre os avanços da Reforma Psiquiátrica e os desafios que ainda persistem na garantia dos direitos e da dignidade das pessoas com transtornos mentais”, afirma o coordenador da Rede de Saúde Mental, Joadson Andrade.
Residências terapêuticas
O município foi um dos pioneiros no processo de desinstitucionalização de pessoas que moravam em hospital psiquiátrico. Atualmente, Feira dispõe de oito residências terapêuticas, onde abrigam 44 moradores.
“Esses casas são destinadas a pessoas que sofrem de transtornos mentais classificados como severo ou moderado e estão em condições de serem reinseridas na sociedade, podendo ter autonomia e dignidade, após viverem longos anos em hospitais psiquiátricos”, explica.
Estes imóveis são alugados pela Prefeitura de Feira e estão concentrados, sobretudo, nos bairros Brasília e Santa Mônica. Há também destas casas no Capuchinhos e Serraria Brasil.
“Os moradores vivem como uma família de forma afetiva embora não tenham vínculos sanguíneos. Alguns estão juntos há mais de 20 anos, desde o período que estiveram internados”, relata o coordenador.
O titular da Secretaria de Saúde, Rodrigo Matos, afirma o compromisso da administração municipal com o bem-estar de toda a população, assegurando a reestruturação e o fortalecimento da rede de saúde mental do município.
“É preciso ter o olhar sensível e cuidadoso com toda a população, sobretudo os mais vulneráveis. Esse é um compromisso nosso e estamos trabalhando para garantir que cada cidadão tenha o acolhimento digno e assistência humanizada”, afirma.
Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos canais no WhatsApp e Youtube e grupo de Telegram
