
Muitas pessoas convivem com dor por meses ou até anos sem um diagnóstico preciso sobre sua origem. Mas será que apenas tomar remédios e esperar que ela passe é o melhor caminho?
O primeiro passo para um tratamento eficaz é entender que a dor não é apenas um sintoma, mas um sinal do corpo de que algo não está bem, como um sistema de alarme que é disparado para que alguma providência seja tomada.
Leia também | Estatinas: remédio para colesterol causa demência ou protege cérebro?
Uma dor não é igual à outra
Outro fator muito importante para o sucesso do tratamento é entender que as dores não são todas iguais.
Existem basicamente quatro tipos de dor: nociceptiva, neuropática, nociplástica e a dor mista, que pode ser a combinação de uma das três modalidades.
O tipo de dor influencia diretamente no tipo de tratamento! Isso quer dizer que ingerir o medicamento para o tipo inadequado de dor não vai trazer a melhora esperada.
O que você precisa saber sobre o diagnóstico?
- A intensidade da dor nunca deve ser ignorada, mas um nível muito elevado de dor não significa necessariamente que o problema é grave, pois a dor é muito subjetiva e cada indivíduo pode senti-la de um jeito.
- Nem toda dor tem uma causa visível em exames! Dores neuropáticas ou nociplásticas, como é o caso da fibromialgia, por exemplo, podem apresentar exames normais e, portanto, exigem uma avaliação minuciosa.
- O diagnóstico correto evita tratamentos inadequados ou o uso excessivo de analgésicos.
E o que você deve saber sobre o tratamento? - Nem sempre a dor se resolve apenas com analgésicos e anti-inflamatórios. Os tipos mais complexos de dor requerem medicamentos específicos, que atuam de forma diferente no sistema nervoso central.
- Muitas vezes são necessárias abordagens que complementam o uso de medicamentos, como infiltrações, bloqueios ou neuromodulação para acelerar o processo de cura.
- O tratamento da dor costuma ser multidisciplinar, sendo necessária a prática de exercícios e fisioterapia ou ainda psicoterapia dependendo do comportamento doloroso do paciente
- Mudanças no estilo de vida também são essenciais, como, por exemplo, uma boa ergonomia no trabalho, alimentação balanceada e uma boa qualidade do sono.
Fique atento a essas dicas, pois se sua dor não melhora com tratamentos habituais, talvez seja a hora de procurar um especialista.