Servidores de SP votam pela continuidade da greve contra reajuste proposto por Nunes; PL será votado nesta quarta (23)

Os funcionários públicos do município de São Paulo votaram nesta terça-feira (22) pela continuidade da greve contra o projeto de lei (PL) 416/2025, enviado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) à Câmara Municipal, sobre reajustes salariais para servidores. A votação ocorreu durante uma manifestação da categoria em frente à Prefeitura, no centro da cidade.

A proposta do emedebista deve ser votada em primeiro turno na tarde desta quarta-feira (23), conforme anunciado pela liderança do governo na Casa legislativa, o vereador Fábio Riva (MDB), na reunião do Colégio de Líderes, nesta terça-feira.

Na primeira semana de abril, Nunes enviou para os vereadores uma proposta de reajuste salarial de 2,6% a ser aplicado a partir de maio deste ano e um segundo reajuste de 2,55% a partir de maio de 2026. O reajuste está abaixo da inflação acumulada desde a última correção. De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor do Município de São Paulo (IPC-Fipe), a variação de preços entre março de 2024 e março de 2025 foi de 5,16%.

A categoria reivindica um reajuste linear de 12,9% para todo o funcionalismo e o fim do desconto previdenciário de 14% sobre aposentados e pensionistas, além do aumento do piso salarial para todos os profissionais da educação municipal.

No começo de abril e na semana passada, os funcionários já haviam feito manifestações e paralisações. De acordo com o Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep), a mobilização na época foi organizada após “mais uma negociação frustrada com a prefeitura de São Paulo”, que recusou a proposta de 12,9% de reajuste salarial; o fim do confisco de 14% sobre os aposentados e pensionistas; e a incorporação de abonos na carreira de educação.

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