Após ataque hacker, Inca paralisa radioterapia, mas diz que banco de dados não foi apagado


Sistemas foram invadidos no sábado (27), e novas consultas estão suspensas. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) informou nesta terça-feira (30) que as sessões de radioterapia estão suspensas por causa do ataque hacker do último fim de semana. A paralisação afetou pelo menos 100 pessoas.
Novas consultas ainda não podem ser marcadas, mas quem já tinha atendimento agendado pode ir normalmente.
A invasão ao sistema obrigou o Inca a desligar todos os computadores e a fazer todos os registros na mão. Gélcio Luiz Quintella Mendes, coordenador de Assistência do Inca, pontuou que o banco de dados com as fichas de todos os pacientes não foi apagado.
“Essas informações foram a nossa primeira preocupação. A integridade desses dados está completamente preservada, sem nenhum prejuízo”, disse, em entrevista ao Bom Dia Rio.
“Esse ataque trouxe sérios problemas para nossa operação diária. A radioterapia precisou ser interrompida. É um tratamento contínuo”, explicou Gélcio.
Sede do Instituto Nacional do Câncer (Inca) no Rio de Janeiro
Reprodução/TV Globo
Atendimento parcial
O coordenador afirmou que, apesar disso, o Inca conseguiu manter “as consultas ambulatoriais, as quimioterapias, as cirurgias, o pronto-atendimento, a entrega de medicamentos da farmácia e os exames de sangue e de radiologia”.
“A gente está numa fase bem avançada da recuperação do sistema”, destacou Gélcio.
Segundo ele, o ataque foi percebido no sábado (27). “A primeira medida foi desligar a internet e a intranet para manter a integridade dos nossos dados. Isso foi conseguido. Então a gente não perdeu informações”, explicou.
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