Coreia do Norte volta a disparar mísseis de cruzeiro em menos de uma semana, diz órgão militar sul-coreano


País vem intensificando confronto com os Estados Unidos e os seus aliados. Kim Jong-un e sua irmã Kim Yo-jong
GETTY IMAGES
A Coreia do Norte disparou vários mísseis de cruzeiro na costa leste neste domingo (28). É o segundo lançamento que o país faz em menos de uma semana, afirmou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS).
Os mísseis foram lançados por volta das 8h local. Segundo o JCS, os projéteis estavam sob análise de autoridades de inteligência sul-coreana e estadunidense. Não há detalhes de quantos foram disparados.
“Ao mesmo tempo em que fortalecem a vigilância, nossos militares cooperam estreitamente com os Estados Unidos e monitorizaram sinais e atividades da Coreia do Norte”, afirma um comunicado do JCS.
Os últimos lançamentos ocorreram dias depois de a Coreia do Norte ter disparado o que chamou de um novo míssil de cruzeiro estratégico chamado “Pulhwasal-3-31”, sugerindo ter capacidade nuclear.
A Coreia do Norte vem intensificando um confronto com os Estados Unidos e os seus aliados. Responsáveis em Washington e Seul, porém, dizem não ter detectado quaisquer sinais de que Pyongyang pretenda empreender uma ação militar iminente.
O governo de Kim Jong Un provavelmente continuará ou até mesmo aumentará as medidas provocativas, segundo autoridades e analistas, após ter feito progressos no desenvolvimento de mísseis balísticos, reforçado a cooperação com a Rússia e abandonado o seu objetivo de décadas de se reunir pacificamente com a Coreia do Sul.
Mais cedo no domingo, a mídia estatal da Coreia do Norte, KCNA, denunciou uma série de exercícios militares conduzidos nas últimas semanas por tropas dos EUA e da Coreia do Sul, alertando para consequências “impiedosas”.
“A realidade de que os exercícios de guerra nuclear contra a nossa república têm acontecido loucamente desde o início do Ano Novo exige que estejamos totalmente preparados para uma guerra mortal”, dizia o despacho.
A Coreia do Norte realizou seu primeiro teste de um míssil de cruzeiro com possível capacidade de ataque nuclear em setembro de 2021.
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