PF aponta tentativa de obstrução de justiça da Abin em dia de busca e apreensão e acionou STF

Direção atual da Abin teria questionado agentes da PF sobre extensão de determinação judicial e criado dificuldades para que policiais tivessem acesso aos documentos. Objetivo era acessar dados supostamente produzidos pela chamada “Abin paralela”, que fazia espionagem ilegal. A Polícia Federal aponta uma tentativa de obstrução de justiça da Abin no dia do cumprimento de mandados de busca e apreensão na sede da agência na última quinta-feira (27). Segundo agentes, eles foram questionados sobre a extensão dos mandados, foram impedidos de acessar todos os documentos e tiveram que acionar o ministro do STF, Alexandre de Moraes, para um novo despacho. O blog procurou a Abin e aguarda retorno.
O objetivo da medida judicial era acessar documentos supostamente produzidos pela chamada “Abin paralela”, que fazia espionagem ilegal. No entanto, segundo o blog apurou, os agentes foram questionados sobre a extensão da determinação judicial e a atual direção da agência criou dificuldades para que tivessem o acesso.
Diante do impedimento e para não recorrer ao uso da força, a PF acionou o ministro do STF, Alexandre de Moraes, relator do caso, para um novo despacho. Só assim, segundo investigadores ouvidos pelo blog, a PF conseguiu acessar os dados e informações importantes para a investigação.
A PF está trabalhando em conjunto com a CGU, comandada pelo ministro Vinicius Carvalho.
O STF autorizou a CGU a ter acesso ao material da investigação e, a partir do trabalho feito pelo órgão, a PF tem conseguido também aprofundar as apurações sobre a Abin paralela.
Situação insustentável
Como o blog revelou ontem, o governo Lula avalia a demissão da cúpula da Abin. O número 2 do órgão, Alessandro Moretti, é tido como carta fora do barulho mas ala do governo- capitaneada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, ainda tenta manter no posto Luiz Fernando Correa, chefe da Abin. Ministros do STF fizeram chegar ao governo que também consideram a situação de Correa insustentável- assim como investigadores da PF- mas Lula ainda não bateu o martelo sobre a situação do número 1 do órgão, segundo assessores próximos.
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