Em época de alta de casos de dengue, cemitérios do Rio têm focos de água parada e preocupam moradores

O RJ1 registrou flagrantes de água acumulada em vários cemitérios da cidade, como o São Francisco Xavier, no Caju e o São João Batista, em Botafogo. Com água parada, cemitérios se tornam criadouros do Aedes Aegypti
Os casos de dengue estão aumentando no estado do Rio. Nas três primeiras semanas de janeiro houve um aumento de quase 600% em relação ao mesmo período do ano passado. Uma grande preocupação dos moradores são os cemitérios, que acumulam água em túmulos e recipientes e se tornam criadouros dos aedes aegypti.
O RJ1 registrou flagrantes de água acumulada em vários cemitérios da cidade, como o São Francisco Xavier, no Caju. Em poucos metros, a equipe do telejornal encontrou seis túmulos com água parada. Espaços para colocar flores também eram pontos de acúmulo de água.
Quem trabalha na região conta que a situação preocupa. “Eu percebo que toda vez que vou lá dentro sou picado por mosquito. Chove, acumula [água]. São mais de 10 mil sepulturas, como vai fazer? Não tem fumacê como antigamente tinha. Pode pegar dengue, com certeza. Tem que se precaver antes de ir lá, dentro botar repelente”, diz o comerciante Carlos Ramalho.
No cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul, a situação se repete e o RJ1 flagrou mais água parada. Alguns túmulos estão até com lodo, o que mostra é o acumulo de água não é de hoje.
Segundo a prefeitura, os cemitérios são pontos estratégios de prolifereção. O RJ1 não encontrou em nenhum dos dois locais agentes atuando e mantendo os locais sem focos do mosquito.
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Plano de enfrentamento
Nas três primeiras semanas de janeiro, o estado do Rio registrou quase dez mil casos de dengue – um aumento de 587% em relação ao mesmo período do ano passado.
Para tentar frear esse aumento, o governo apresentou um plano estadual de enfrentamento à doença.
Entre as ações, está a compra de equipamentos e insumos que vão ser distribuídos aos municípios com maior número de casos. Cento e sessenta leitos de nove hospitais também poderão ser convertidos pra tratamento da dengue, como foi feito durante a pandemia.
De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina contra a dengue chega à população no mês que vem.
Neste primeiro momento, as doses serão enviadas para municípios com mais de 100 mil habitantes e com alta transmissão do vírus nos últimos 10 anos. No estado do rio doze cidades vão receber as vacinas.
São eles Belford Roxo, Duque de Caxias, Itaguaí, Japeri, Magé, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Queimados, São João de Meriti, Seropédica e a capital.
O público-alvo inicial será de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Serão duas doses com intervalo de três meses entre elas.
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