Mulheres são menos felizes e satisfeitas no trabalho

Mulheres são menos felizes e satisfeitas no trabalho, revela estudo europeu realizado pela World Happiness FestFreePik

Um estudo sobre diferenças de gênero, felicidade e satisfação no trabalho, conduzido em nível europeu, traz à tona uma realidade preocupante: as mulheres tendem a ser menos felizes e menos satisfeitas em seus empregos. Realizada pela consultora Happyforce em colaboração com pesquisadores da Universidade de Málaga e da Universidade de Granada, e em associação com a Fundação Mundial para a Felicidade, essa pesquisa destaca a complexidade do mundo do trabalho e as disparidades de gênero que continuam a existir.

O estudo revela que, em todas as gerações analisadas, exceto na geração Z, as mulheres relataram menor felicidade e satisfação no trabalho em comparação com os homens. De acordo com o especialista em felicidade e bem-estar, Rodrigo de Aquino, o mundo ainda é regido por parâmetros machistas e as estruturas patriarcais limitam a expansão das mulheres e de todas as minorias no ambiente de trabalho.

“Como a mulher pode florescer e ter sua saúde mental preservada em espaços que sofrem todo tipo de assédio, são silenciadas e recebem 25,3% menos que seus pares masculinos? Como podem ser felizes se não encontram segurança psicológica, acolhimento e respeito? Sem contar a falta de apoio social, já que são elas que fazem girar a Cultura e Economia do Cuidado!”, questiona Rodrigo, que atua como especialista em felicidade corporativa.

Curiosamente, na geração Z, ocorre uma inversão dos dados, demonstrando maior índice de felicidade entre as mulheres. Contudo, à medida que as gerações avançam, as taxas de felicidade no trabalho diminuem, sendo a geração Z a que apresenta os índices mais baixos. Surpreendentemente, mulheres das gerações X, Millennials e Z exibem níveis semelhantes de satisfação no trabalho.

O estudo identificou fatores-chave que influenciam a satisfação profissional das mulheres, como igualdade de oportunidades, gestão da diversidade e relações laborais. Além disso, destacou desafios persistentes, como disparidades salariais entre homens e mulheres e o fenômeno do “teto de vidro”.

“Estas conclusões levantam questões importantes sobre as políticas empresariais atuais e sugerem a necessidade de uma reflexão mais profunda sobre como as organizações podem melhorar o bem-estar de todos os seus colaboradores, especialmente das mulheres”, afirma Luis Gallardo, presidente da World Happiness Foundation.

Por outro lado, a pesquisa aponta que a liderança feminina pode desempenhar um papel fundamental na melhoria da satisfação no trabalho em geral. “Estes resultados nos incentivam a reavaliar nossas práticas e políticas empresariais para garantir um ambiente de trabalho mais equitativo e satisfatório para todos”, comenta Aquino.

Essa pesquisa conjunta entre a Happyforce, a Universidade de Málaga e a World Happiness Foundation reflete o compromisso compartilhado dessas organizações em promover o bem-estar no local de trabalho e criar ambientes mais saudáveis e felizes para todos os funcionários.

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