‘Violino do diabo’: ouça e conheça a tradição do carnaval alemão e que só pode ser tocado por quem o construiu


Instrumentos são únicos e podem ter diversas formas e sons dependendo do tocador. Ouça o som do ‘violino do diabo’, tradição do Carnaval da Alemanha em Pomerode
Entre as várias heranças da cultura alemã que permanecem em Santa Catarina está o Teufelsgeige, que em português significa “o violino do diabo”.
Marca registrada no carnaval alemão, o instrumento ficou mais próximo da cultura brasileira durante a Festa Pomerana, um pedaço do país germânico em Pomerode, cidade no Vale do Itajaí.
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Violino do diabo utiliza diversos objetos para fazer barulho
Daniel Zimmerman/Divulgação
Mas afinal, o que é o violino do diabo?
O objeto surgiu no século 17 na Alemanha, com o objetivo de ser um instrumento de percussão. Ele é acompanhado dos toques do acordeão, bandoneón e outros que são usados nas músicas típicas. Apesar de ser de origem alemã, o violino é bastante conhecido também na Suíça.
Os violinos têm alguma referência diabólica e são sempre tocados por um serrote e personalizados conforme cada percussionista quer. Aí vai da criatividade do músico, que pode incluir tampas de garrafa, chocalhos, latas ou qualquer objeto sonoro.
A personalização garante a principal característica do Teufelsgeige, que é ser único e ser fabricado pelo seu tocador.
Andreas Findeiss e seu ‘violino do diabo’
Arquivo Pessoal
Em Pomerode, que se intitula a cidade mais alemã do Brasil, inúmeros moradores têm o instrumento, entre eles o percussionista Andreas Findeiss.
No carnaval, o violino, que não tem nenhuma relação com o tradicional é usado como instrumento de ritmo.
“O motivo de cada um construir o seu instrumento é que cada um coloca a sua essência nele. Cada um faz do seu jeito, do seu gosto, e já para criar até um próprio vínculo com o instrumento. Assim quando tocar, espanta os espíritos ruins”, explica.
Andreas tem o violino há quase seis anos e já o modificou várias vezes para torná-lo “cada vez ainda mais especial e único”, afirma.
O instrumento é sempre tocado em festas tradicionais da cultura alemã em Santa Catarina, como a Pomerana, que encerrou no último fim de semana e a Oktoberfest, que ocorre na vizinha Blumenau.
Violino do diabo de Andreas Findeiss
Daniel Zimmermann/Divulgação
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