‘Tolerância Zero’: prefeitura de BH emite 43 autuações e tira oito ônibus coletivos das ruas por irregularidades


Nova política para melhorar transporte público municipal foi anunciada na última quinta-feira (25). Prefeitura divulgou balanço das primeiras fiscalizações após o lançamento da iniciativa. Operações de fiscalização no transporte público de BH resultam em 43 autuações e oito veículos recolhidos
Adão de Souza/PBH
As duas primeiras operações de fiscalização do transporte público em Belo Horizonte após a política de “tolerância zero” resultaram em 43 autuações, três advertências e oito ônibus retirados de circulação. O balanço foi divulgado pela prefeitura da capital nesta sexta-feira (26).
A nova proposta contra irregularidades nos coletivos foi anunciada na última quinta (25). Segundo o prefeito Fuad Noman (PSD), a iniciativa propõe um conjunto de medidas para melhorar o serviço oferecido pelas empresas, com punições mais rigorosas em caso de problemas ou má qualidade.
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De acordo com a administração municipal, dos 15 veículos vistoriados, oito tiveram a autorização de tráfego recolhida. Eles ficam impedidos de circular nas ruas até que os problemas sejam reparados.
Na Região do Barreiro, um ônibus da linha 329 foi removido por estar com os pneus em péssimo estado, além de apresentar mau funcionamento no freio de portas. Já na Região Leste, um coletivo da linha 9214 estava com o documento vencido, desgaste nos pneus dianteiros e defeitos no extintor de incêndio, nos bancos dos passageiros e do motorista.
Ao todo, os fiscais constataram 46 irregularidades. A maioria das autuações foi ocasionada por vazamento de óleo, elevador sem funcionamento, freio de porta e ar-condicionado desligados e más condições dos veículos.
Mais fiscalização e cobrança de multas
A prefeitura destaca que a “Tolerância Zero” possui três frentes: acionamento jurídico para a cobrança de multas administrativas aplicadas às empresas, reforço na fiscalização e evolução tecnológica.
Uma equipe de 15 procuradores do município já tem em mãos documentos referentes a 26.248 penalidades aplicadas às concessionárias por descumprimento de cláusulas contratuais. As infrações foram inscritas em dívida ativa e estão aptas a serem cobradas judicialmente, por meio de ações de execução fiscal. O volume devido é de quase R$ 13,5 milhões.
Dentro da nova política, as fiscalizações de equipes da Superintendência de Mobilidade de Belo Horizonte (Sumob), Guarda Municipal e BHTrans passam a ser realizadas quatro vezes por semana. O objetivo é vistoriar a condição dos ônibus, especialmente em relação à segurança dos passageiros e operadores.
Incêndio por suposta pane
Um dia depois de a prefeitura da capital anunciar a iniciativa, um ônibus coletivo pegou fogo na Avenida Augusto de Lima, no Centro de Belo Horizonte. De acordo com o motorista, uma pane elétrica pode ter causado o incêndio.
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Corpo de Bombeiros de Minas Gerais foi acionado para apagar as chamas no veículo
Divulgação/Corpo de Bombeiros
O Corpo de Bombeiros foi acionado para apagar as chamas. À corporação, o condutor afirmou que transportava três passageiros e que foi avisado por um deles sobre o início da fumaça. Assim que percebeu, pediu que todos descessem do veículo e, em seguida, o fogo começou.
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