Satélite preso em cabos é resgatado com a ajuda de suas câmeras

Satélite preso em cabos é resgatado com a ajuda de suas câmerasDanielle Cassita

O satélite Space Solar Power Demonstrator (SSPD-1) teve problemas no espaço. Ele foi lançado no ano passado e alguns dos seus mecanismos ficaram presos durante a implantação do experimento DOLCE (sigla de Deployable On-Orbit Ultralight Composite Experiment) — mas, felizmente, as equipes do dispositivo conseguiram liberá-los.

Eles descobriram que um cabo do satélite estava tão preso que danificou a conexão entre um dispositivo dele e sua estrutura. Inicialmente, eles conseguiram ajudar o satélite a receber luz solar e moveram os fios presos, mas mesmo assim o DOLCE não foi implantado corretamente.

Segundo engenheiros do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), parte da estrutura do experimento ficou presa sob o mecanismo de implantação, algo nunca visto nos testes em laboratório. “Com imagens das câmeras do DOLCE, a equipe conseguiu reproduzir esse tipo de execução no laboratório e desenvolveu uma estratégia para consertá-la”, explicaram.

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Para resolver o ocorrido, eles precisaram forçar os atuadores do satélite a causar vibrações na estrutura do satélite, que permitiram liberar o componente emperrado. O processo aparece no vídeo abaixo, que tem fotos tiradas pelas câmeras do DOLCE:

Sergio Pellegrino, co-líder do projeto, acredita que este desafio espacial vai tornar os futuros satélites ainda mais robustos, já que iniciativas do tipo podem ajudar engenheiros e projetistas a antecipar problemas. “Desenvolvemos novas formas de lidar com os efeitos do próprio peso em estruturas implantáveis ultra leves”, disse.

Como o nome indica, o SSPD-1 é um satélite desenhado para demonstrar como a implantação de satélites modulares pode ser feita. Após sua liberação, o satélite usou células solares nunca testadas antes no espaço para coletar energia solar durante mais de 200 dias.

A longo prazo, a ideia do programa SSDP é realizar a transmissão da energia solar a partir do espaço. “A energia solar transmitida do espaço em taxas comerciais, iluminando o globo, ainda é algo futuro”, observou Thomas F. Rosenbaum, presidente da Caltech. “Mas esta missão crítica demonstrou que este deve ser um futuro alcançável”, finalizou.

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