Advogado diz que cubano que negou homicídio de galerista está disposto a mudar versão sobre crime


A declaração de Alejandro no sentido de colaborar com as investigações foi dada ao advogado contratado para a defesa dele, Greg Andrade. Advogado diz que cubano que negou homicídio de galerista está disposto a mudar versão sobre crime
O advogado do cubano suspeito da morte do galerista norte-americano Brent Sikkema no Rio disse que o cliente está disposto a mudar a versão apresentada à polícia.
O crime aconteceu no dia 15 desse mês, no Jardim Botânico. Câmeras de segurança flagraram um homem, que a polícia acredita ser o cubano Alejandro Triana Prevez, de tocaia na frente da casa da vítima, no dia do assassinato.
A declaração de Alejandro no sentido de colaborar com as investigações foi dada ao advogado contratado para a defesa dele, Greg Andrade. Os dois se encontraram nesta sexta-feira (26), no Complexo de Gericinó, em Bangu, onde o cubano está preso.
Polícia prende suspeito de matar o galerista Brent Sikkema
Reprodução
Até agora, Alejandro negava qualquer participação no crime e chegou a dizer que foi agredido por policiais.
“Ele reavaliou tudo que ele tinha tido, até porque o depoimento dele foi logo depois que ele tinha sido preso, ele tava sob efeito da emoção da prisão.Aagora, com o advogado apresentando pra ele as provas existentes, ele entendeu que seria interessante fazer um novo depoimento”, disse o advogado.
Uma eventual confissão de Alejandro Prevez só vale a partir do depoimento escrito, feito à polícia. O advogado pediu que ele seja ouvido mais uma vez, pra que fique registrada a nova declaração. Isso deve acontecer na terça-feira da semana que vem.
O crime
Suspeito de matar galerista americano no RJ é preso
Brent Sikemma, de 75 anos, foi encontrado por uma amiga morto com 18 facadas na casa dele, no Jardim Botânico, no último dia 15 de janeiro.
Dono de uma galeria famosa em Nova York, Sikemma gostava de passar temporadas no Rio, onde comprou a casa. O crime foi registrado como latrocínio, roubo seguido de morte. F
, mas não houve arrombamento da porta da frente, onde existe um cadeado com código..
Imagens de câmeras de segurança da rua apontaram as primeiras pistas. Vídeos mostraram um homem que para a polícia é Alejandro entrando na casa do galerista na madrugada do dia em que ele foi morto e saindo 14 minutos depois. Ele aparece retirando luvas das mãos.
A polícia descobriu então o carro que teria sido usado pelo criminoso e as investigações chegaram a Alejandro Prevez , que já conhecia Brent Sikemma e o ex- marido, que também é cubano.
A polícia descobriu que Alejandro Triana Prevez veio de São Paulo para o Rio exclusivamente para cometer o crime. Fotos da concessionária da Via Dutra mostram que ele passou pelo pedágio de Paracambi um dia antes de cometer o crime. Ele estava sozinho no carro
Em São Paulo, policiais foram até o endereço da proprietária do veículo que Alejandro usou. O filho dela informou que Alejandro de fato era amigo da família e que tinha pedido o carro emprestado para fazer entregas. O rapaz também reconheceu Alejandro Prevez como o homem que aparece nas imagens das câmeras de segurança.
Imagens de câmeras no Jardim Botânico, registraram que o cubano havia passado uma parte do dia de tocaia, observando a saída e a chegada de Brent.
O suspeito foi preso em Uberaba, Minas Gerais. Com ele a polícia encontrou dólares. A policía investiga se o dinheiro teria sido roubado da casa do galerista.
“É uma pessoa inteligente, mas nem de longe um mentor intelectual de um crime ardiloso, que envolve… Não, não é. O que eu posso dizer pra você é que ele tem muita coisa a dizer”, diz o advogado Greg.
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