Marido que confessou crime de mulher encontrada esquartejada foi descoberto após registrar desaparecimento, diz polícia em MG


Marido procurou delegacia para dizer que a mulher estava desaparecida há quatro dias em Campo Belo (MG) e após início das investigações, polícia passou a desconfiar. A mulher que foi encontrada morta, esquartejada e enterrada em um terreno abandonado na madrugada desta sexta-feira (26) em Campo Belo (MG) estava desaparecida há cinco dias. O crime só foi descoberto depois que o marido dela decidiu registrar o desaparecimento e a polícia passou a desconfiar.
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Adriana da Silva, de 57 anos, morava com o companheiro desde 2015 em uma casa no bairro Vale do Sol. Na tarde de quinta-feira (25), o companheiro dela, José Hailton da Silva, de 70 anos, foi até a delegacia para dizer que a mulher estava desaparecida desde 21 de janeiro.
As investigações começaram e os policiais passaram a desconfiar do homem. Ele foi convidado a retornar à delegacia e quando chegou, confessou o crime.
Mulher desaparecida é encontrada esquartejada e enterrada em terreno abandonado em MG
Kelly Cristina / Diário de Campo Belo
“A partir da confissão do crime ele apontou o local onde estaria os restos mortais, o cadáver, com a ajuda do Corpo de Bombeiros, conseguimos retirar os restos mortais, e foi dado voz de prisão em flagrante pelo crime de ocultação de cadáver e encaminhado para a delegacia. Na delegacia de polícia, ele confessou na presença de seus advogados novamente, dando em riqueza de detalhes todo o modus operandi, toda situação, da execução e ocultação de cadáver”, disse o delegado Matheus Nascimento.
O local onde o corpo foi encontrado fica atrás de um galpão, na rua debaixo de onde o casal morava. Foi preciso então a ajuda do Corpo de Bombeiros para encontrar os restos mortais de Adriana.
“Ontem a gente trabalhando, a gente percebeu que tinha um cachorro aqui no fundo aqui assim que tava mais alterado, latindo mais né. Mas assim, a gente nem suspeitou, nem imaginou de nada não né, nem desconfiou de nada. Aí quando foi hoje pela manhã que a gente chegou pra trabalhar veio a notícia né? Que foi aqui nos fundos da nossa oficina”, disse uma testemunha, que não quis ser identificada.
O corpo de Adriana foi sepultado na tarde desta sexta-feira no Cemitério de Porto dos Mendes, distrito de Campo Belo. Ela deixou dois filhos. O marido deve responder por feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual.
Mulher foi encontrada morta após ficar cinco dias desaparecida em Campo Belo
Reprodução EPTV
O crime
O corpo foi encontrado na madrugada desta sexta-feira (26) esquartejado e enterrado em um terreno abandonado na Rua Ozani Braz de Faria, no Bairro Vale do Sol, em Campo Belo (MG). Segundo a Polícia Civil, o marido da vítima confessou o crime.
De acordo com a Polícia Civil, a mulher foi identificada como Adriana Silva, de 58 anos, e estava desaparecida desde 21 de janeiro. A irmã da vítima informou aos policiais que Adriana não tinha costume de ficar sem se comunicar com a família.
Ainda de acordo com a polícia, o marido da vítima, de 70 anos, procurou a Polícia Militar para registrar o desaparecimento de Adriana. O suspeito contou que a esposa teria saído de casa levando os aparelhos celulares do casal. A família também fez postagens com a foto da mulher em grupos de aplicativos de celular.
Corpo de Bombeiros ajudou a polícia a encontrar restos mortais em Campo Belo
Reprodução EPTV
A Polícia Civil apurou que a casa do suspeito estava abandonada e com manchas de sangue espalhadas pela casa. A perícia esteve no local e confirmou a situação.
Os policiais receberam uma denúncia anônima dizendo que uma área do terreno estava revirado. Na noite desta quinta-feira (25), os investigadores convidaram o suspeito a comparecer na delegacia. Ele então confessou o crime e informou sobre o local onde teria enterrado o corpo da esposa.
De acordo com a polícia, o suspeito informou que acertou diversas marteladas na vítima após uma discussão entre o casal. Ao inspecionar o local e com a ajuda de um cão comunitário cuidado por Adriana, os policiais conseguiram localizar o corpo em um buraco de difícil acesso, com mais de um metro de profundidade.
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