Presença de tropas em Gaza resultou na morte de reféns do Hamas, diz investigação de Israel


O exército israelense afirmou na ocasião que os seis reféns tinham sido mortos momentos antes da chegada dos soldados ao local. Uma investigação militar israelense determinou, nesta terça-feira (24), que a presença de tropas na região de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, provavelmente resultou no assassinato de seis reféns em poder dos combatentes do Hamas em agosto.
Os corpos dos reféns Carmel Gat, Eden Yerushalmi, Hersh Goldberg-Polin, Alexander Lobanov, Almog Sarusi e Ori Danino foram encontrados pelo exército israelense em um poço subterrâneo em Gaza no fim de agosto.
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O exército israelense afirmou na ocasião que os seis reféns tinham sido mortos momentos antes da chegada dos soldados ao local, e o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, informou que tinham sido “executados” com tiros na cabeça.
Mas, nesta terça-feira (24), após a investigação, a corporação militar admitiu que “as atividades do exército no terreno, embora graduais e cautelosas, tiveram influência circunstancial na decisão dos terroristas de matar os seis reféns”.
“O chefe do Estado-Maior determinou, baseando-se na investigação, que os reféns morreram por disparos de terroristas do Hamas enquanto as forças do exército operavam na área”, acrescentou.
Em um comunicado posterior, baseado na investigação, o Foro de Famílias, principal associação de familiares dos reféns levados pelo Hamas no ataque de 7 de outubro de 2023, pediu a devolução de todos os reféns que permanecem retidos em Gaza.
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“É hora de trazer de volta todos os reféns. Precisamos de um acordo que garanta a devolução de todos os reféns em um prazo rápido e predeterminado”, expressou o foro.
Nos últimos dias, foram realizadas, em Doha, negociações indiretas entre Israel e o Hamas, com mediação de Catar, Egito e Estados Unidos, em busca de um acordo.
Palestinos inspecionam os danos no local de um ataque israelense a uma casa, em meio ao conflito Israel-Hamas, em Deir Al-Balah, na região central da Faixa de Gaza, em 22 de dezembro de 2024
Ramadan Abed/Reuters

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