Censo: acesso precário à água é 5 vezes maior entre população indígena

O Censo Demográfico mostrou que o acesso à água em condições de maior precariedade é quase cinco vezes maior entre a população indígena. A análise, vale destacar, considera apenas a população em situação urbana. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na manhã desta quinta-feira (19/12).

Entre a população indígena o acesso à água em condições de maior precariedade fica em 13,33%. Em relação à população residente em situação urbana no Brasil essa taxa é de 2,72%.

O IBGE considera que estão em situação de precariedade aqueles casos, por exemplo, em que os moradores utilizam água que é proveniente de carro-pipa, água da chuva armazenada, rios, açudes, córregos, lagos e igarapés.

Considerando inclusive apenas os indígenas residindo fora de terras dos pobvos originários em situação rural, o nível de precariedade no acesso à água é 1,8 vezes superior (54,22%) ao da população residente em situação rural.

Em relação à existência de banheiros nos domicílios ocupados por indígenas, o Censo revela que 5,92% dos moradores em residências particulares permanentes ocupadas com pelo menos um indígena, em áreas urbanas, não tinha banheiro de uso exclusivo. Na população em geral, a taxa é de 0,59%.

Alfabetização

O Censo Demográfico 2022 mostrou que a taxa de analfabetismo das pessoas indígenas caiu 8,35 pontos percentuais e ficou em 15%. O indicador, entretanto, é 2,1 vezes acima da taxa nacional, que considera o total da população brasileira.

A redução na taxa de analfabetismo ocorre em comparação aos dados coletados em 2010, na ocasião do último censo demográfico. O decréscimo, entretanto, foi ainda mais significativo entre aqueles que residem dentro de terras indígenas. Nesse caso, a diferença entre os dois levantamentos foi de mais de 11 pontos percentuais.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.