Rússia prende autor do atentado que matou general do Exército em Moscou


A TV estatal russa exibiu imagens do assassino. Um jovem, do Uzbequistão, agora é formalmente acusado de assassinar o militar de mais alta patente, dentro da Rússia, desde o início da guerra com a Ucrânia. TV estatal russa divulga imagem de homem responsável por matar general do Exército
Imagem: TV Globo
A polícia da Rússia anunciou a prisão do responsável por preparar a bomba que matou um general do Exército.
A TV estatal russa exibiu imagens do assassino. Um jovem, do Uzbequistão, nascido em 1995 — não tem nem 30 anos. Ele agora é formalmente acusado de assassinar o militar de mais alta patente, dentro da Rússia, desde o início da guerra com a Ucrânia.
O crime chocou o governo russo. Foi na manhã desta terça-feira (17), em plena capital, Moscou, a 7 km do Kremlin. O ataque à bomba matou o general Igor Kirillov e o assistente dele.
Kirillov era o número 1 da unidade de defesa contra armas químicas do exército russo. A Ucrânia afirma que ele, na verdade, autorizou ataques com essas armas na guerra. Elas são proibidas por tratados internacionais. Por isso, Kirillov virou alvo de uma acusação das autoridades ucranianas um dia antes de ser morto.
A busca pelo assassino contou com o apoio do serviço secreto da Rússia — o FSB, que rastreou telefonemas e analisou imagens de câmeras de segurança para chegar até ele.
Os investigadores russos disseram que durante o interrogatório o jovem confessou ter sido recrutado pelo serviço de inteligência ucraniano. Ele disse que viajou pra Moscou e recebeu um explosivo de fabricação caseira.
Depois, acoplou a bomba em um patinete elétrico, e o estacionou na entrada do prédio onde o general morava.
O suspeito monitorava a movimentação do militar a partir de uma câmera instalada dentro de um carro alugado. As imagens eram enviadas ao vivo pra uma outra equipe, baseada na Ucrânia, na cidade de Dnipro. Quando o general saiu do prédio, o suspeito detonou a bomba remotamente.
“Segundo os investigadores, ele falou que receberia 100 mil dólares pelo crime, além de uma autorização de residência na Europa”, afirma uma policial.
Os russos querem agora mapear toda a rede por trás desse ataque. E descobrir se mais algum dos envolvidos tá dentro do país. O porta-voz do Kremlin Dmitri Peskov declarou nesta quarta-feira (18) que o governo sabe quem encomendou a morte do general. Mas, por enquanto, não revelou um nome.
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