A preocupação de Lula com o pacote de corte de gastos do governo

O presidente Lula demonstrou preocupação com a repercussão do novo pacote de corte de gastos do governo ao apresentar a proposta a líderes partidários do Congresso, na quarta-feira (27/11).

Segundo parlamentares que participaram da reunião com Lula, o petista demonstrou preocupação especial ao falar sobre o BPC (Benefício de Prestação Continuada) e o abono salarial, alvos do pacote.

O presidente da República, de acordo com relatos, disse ser necessário deixar claro para a população que os dois benefícios não serão cortados, mas, sim, passarão por uma revisão.

4 imagens

Fernando Haddad organizou corte de gastos

Haddad vai anunciar novas medidas do governo
Fernando Haddad é ministro da Fazenda no terceiro mandato de Lula (PT)
1 de 4

Ministro vai fazer pronunciamento hoje

Reprodução

2 de 4

Fernando Haddad organizou corte de gastos

Diogo Zacarias/MF

3 de 4

Haddad vai anunciar novas medidas do governo

Diogo Zacarias/MF

4 de 4

Fernando Haddad é ministro da Fazenda no terceiro mandato de Lula (PT)

Diogo Zacarias/MF

Como antecipou a coluna, o pacote do governo prevê uma restrição maior para os trabalhadores que terão direito ao abono salarial, espécie de 14º salário pago a uma faixa da população.

Hoje, o benefício é garantido para quem ganha até dois salários mínimos, o equivalente a R$ 2.824. A proposta do governo é limitar o abono para quem ganha até R$ 2.640.

Já para o BPC o governo federal planeja restringir o acesso ao benefício, passando a exigir, por exemplo, atualização de dados e biometria para recebimento dos valores.

O governo também quer contabilizar renda de cônjuges, companheiros não coabitante e renda de irmãos, filhos e enteados para avaliar quem pode receber o BPC.

Lula destaca isenção do IR

Além da preocupação com o BPC e o abono, Lula fez questão de ressaltar aos líderes do Congresso a proposta do governo de elevar a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil.

Como noticiou a coluna, embora tenha anunciado a medida agora, o governo prevê que a nova faixa de isenção só deve valer a partir de 2026. Isso porque o Congresso só votará a proposta em 2025.

Lideranças da Câmara viram as falas de Lula como um temor de que o eleitorado de baixa renda, historicamente mais próximo do PT, se sinta mais atingido pelo pacote de corte de gastos.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.