Adolescente que denunciou padrasto por abuso sexual gravou momento em que foi ameaçada com arma: ‘Ia matá-la’, diz mãe


Segundo a família, o vídeo teria sido gravado no dia do suposto estupro, em Jundiaí (SP). Até a manhã desta quinta-feira (28), ele ainda não havia sido localizado. Adolescente que denunciou padrasto por abuso sexual gravou momento em que foi ameaçada
A adolescente de 16 anos que denunciou o padrasto por abuso sexual, em Jundiaí (SP), registrou o momento em que o homem a ameaça com uma arma. Segundo a família, o vídeo teria sido gravado no dia do suposto estupro. Até a manhã desta quinta-feira (28), ele ainda não havia sido localizado.
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Nas imagens, é possível ver que o homem conversa com a adolescente dentro de um veículo, enquanto dirige e aponta a arma para ela (assista acima).
“Quando ela acordou, o padrasto já estava com uma arma apontada para ela, dizendo que, se ela não fizesse tudo o que ele queria, ia matá-la. Obrigou minha filha a tirar a roupa e fez o que fez”, diz a mãe da vítima.
Adolescente que denunciou padrasto por abuso sexual gravou momento em que foi ameaçada com arma
Reprodução
Estupro teria acontecido após entrevista de emprego
A família registrou um boletim de ocorrência afirmando que a jovem foi dopada no domingo (24) e estuprada na segunda-feira (25). A ameaça registrada no vídeo teria acontecido na volta para a casa.
Conforme a família, o suspeito, de 36 anos, convivia com a suposta vítima havia nove anos.
A mãe da adolescente relatou ao g1 que a filha tinha uma entrevista de emprego na segunda-feira e que, na noite anterior, o homem, que é companheiro dela, teria colocado clonazepam (remédio de uso controlado que, em doses altas, pode causar a sedação, chegando a quadros de coma que podem levar à morte) em um suco que foi oferecido para as duas mulheres.
1º DP de Jundiaí
Reprodução/TV TEM/Arquivo
Ainda de acordo com o relato, a menina mora em uma casa separada da mãe e o suspeito. Por isso, o padrasto teria ido até a casa dela dizendo que a levaria até a empresa onde a entrevista de emprego seria feita.
“Ele mentiu para a minha filha dizendo que eu já tinha saído trabalhar e levou ela para a entrevista. Eu perdi o horário por conta do efeito do remédio, acordei muito tempo depois do que eu deveria. Eram 10h20, mas meu celular marcava 7h20. O horário foi alterado”, relata.
Quando a menina saiu da entrevista, o homem teria dito que precisava ir à casa de um amigo para buscar algumas cestas. No entanto, quando os dois chegaram ao local, ninguém estava presente.
“Ela foi levada até a empresa por ele e, quando saiu de lá, disse que precisava passar nessa casa. Quando chegou, não tinha ninguém, mas ele tinha a chave. Ele chamou minha filha para ‘ver a bagunça’ que estava lá dentro. Ao colocar a cabeça em um dos cômodos, ela foi surpreendida com um ‘mata-leão'”, pontua.
A família diz que, após o suposto estupro, o homem tentou abandoná-la em um lugar distante de sua residência. Porém, com a insistência e a garantia de sigilo da vítima, ele a deixou na sua vizinhança, já que os parentes estavam estranhando o sumiço da menina.
Após a denúncia, o homem não foi mais visto. Segundo a mãe, a jovem segue abalada e com medo do que pode acontecer no futuro. “Estamos muito nervosas com a situação. Estou tremendo muito e nem consigo falar direito sobre. Temos receio de ele fazer alguma coisa com ela outra vez ou mexer com a nossa família”, lamenta.
Até a publicação desta reportagem, o suspeito não havia sido localizado. O caso foi registrado como estupro de vulnerável no 1º DP de Jundiaí e é investigado pela Polícia Civil.
*Colaborou sob supervisão de Gabriela Almeida
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