Escritórios Verdes da JBS passam a atender produtores de grãos

A atuação dos Escritórios Verdes, da JBS, será ampliada. Desde 2021, o programa fornece assistência técnica gratuita e serviços de extensão a fazendeiros que desejam melhorar o desempenho ambiental, com práticas sustentáveis e mais produtividade. A companhia passa a testar o novo formato do programa em estados onde não atua, como o Maranhão, e também entre produtores de grãos, anunciou Liège Correia, diretora de Sustentabilidade da JBS Brasil.

O anúncio ocorreu em 15 de novembro, durante a COP29, em Baku, no Azerbaijão, no painel “Alimentando o próximo bilhão: um modelo para construir sistemas alimentares resilientes ao clima no sul global”.

A diretora da JBS abordou ainda a necessidade de pensar a agricultura, a pecuária e a floresta de forma sistêmica, para produzir mais nas áreas existentes e promover a recuperação de áreas degradadas.

A partir desse panorama, o Brasil tem aptidão para produzir muito mais, com as áreas já disponíveis para a atividade. “Temos a oportunidade no país de compensar as deficiências de produção, seja por conta da mudança climática ou produtividade das áreas, aumentando a produção nas mesmas áreas”, afirma Correia.

A regularização ambiental de propriedades rurais e o maior acesso à ciência e tecnologia para os produtores foram outros pontos abordados no painel.

“Quando a agroindústria assumiu o compromisso público para diminuição do desmatamento, o setor passou pela lógica de bloqueio de fornecedores irregulares. Porém, as empresas entenderam que o ciclo contínuo de bloqueio não terminaria de forma sustentável.”

Liège Correia, diretora de Sustentabilidade da JBS Brasil

Desde 2021, os Escritórios Verdes possibilitaram que 13 mil propriedades rurais fossem regularizadas e 5.000 hectares direcionados para recuperação florestal.

O programa tem atuação presencial em 20 unidades da JBS. Recentemente, a atuação foi ampliada para a versão virtual, permitindo atendimento em todo o país.

A diretora de Sustentabilidade da JBS Brasil explicou que o programa vai além da regularização ambiental da propriedade rural e propicia acesso a tecnologias, informações e conhecimentos de gestão para os produtores em harmonia com o conceito de agricultura regenerativa, que promove a preservação dos recursos naturais.

Para a questão climática, aumentar o acesso a financiamentos ao agricultor, especialmente ao pequeno agricultor que se dedica à pecuária, é fundamental.

Segundo Correia, esse financiamento permite maior fôlego financeiro para uma atividade mais sustentável. “Para o produtor rural, o curto prazo é o Pix na conta hoje, para produzir amanhã”, ressalta Correia, que citou como uma possibilidade promissora a remuneração das unidades de preservação.

Moderado por Marcello Brito, secretário-executivo do Consórcio Amazônia Legal, o painel contou também com André Guimarães, diretor-executivo do Ipam; Nathalie Walker, diretora de Florestas Tropicais e Agricultura na National Wildlife Federation; Marcelo Behar, senior advisor do CEBDS para a COP30; e Ana Paula da Silva, zootecnista e proprietária da Fazenda Cigana, de Campestre (MG), que participou remotamente.

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