Memória celular? Pesquisa revela por que é difícil manter a perda de peso

Memória celular? Pesquisa revela por que é difícil manter a perda de pesoFoto: Reprodução

Perder peso é o desejo de muitas pessoas e envolve uma série de questões que você já deve estar cansado de ouvir, como alimentação adequada e atividade física regular. Mas essa tarefa pode ser complexa, visto que cada organismo tem suas especificades e uma dieta que funciona para uma pessoa nem sempre funciona para outra, por exemplo. Há até situações em que a rotina alimentar disponível online possui efeito negativo para a saúde. E um novo estudo sugeriu mais uma dificuldade na busca pelo corpo desejado, apontando que a memória celular tem impacto na perda de peso.


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Corpo guarda “memória de obesidade”

Um artigo publicado na revista Nature mostrou que o corpo aparenta “reter memória de obesidade que o defende de mudanças no peso”, contribuindo para o “efeito iô-iô”, consequência comum das dietas. Os pesquisadores analisaram as células de ratos e de humanos. No caso dos humanos, comparando o tecido adiposo, ou seja, tecido de gordura, entre aqueles que tinham obesidade antes e depois de cirurgia para perder peso com indivíduos sem histórico da doença.

Assim, eles observaram que as pessoas com obesidade possuíam genes mais ativos nas células de gordura e que continuaram por um período após a redução de peso. Essa diferença indica que é a forma das células adiposas de armazenar nutrientes que muda com alterações de peso, e não o número de células.

“Observamos que os camundongos anteriormente obesos recuperam o peso mais rapidamente quando submetidos a uma dieta altamente calórica. Em humanos, também encontramos evidências indiretas desse tipo de memória”, explicou a coautora do estudo, Laura Hinte, especialista em nutrição e epigenética metabólica da ETH Zurique segundo o G1.

No entanto, o artigo menciona também que outras alterações nos genes devem contribuir para o “efeito iô-iô” e ressalta que os resultados da pesquisa não representam provas finais. Portanto, mais estudos são necessários para investigar a relação entre o tecido adiposo e o ganho de peso que havia sido perdido.

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