
O Ibovespa encerrou o pregão desta terça-feira (18) em alta de 0,49%, atingindo 131.474,73 pontos, sua maior marca desde outubro de 2024. Com isso, o índice da B3 registrou a quinta valorização consecutiva, impulsionado pelo forte desempenho do setor de proteínas e pela queda do dólar frente ao real.
Enquanto o mercado internacional mostrou cautela, com as bolsas dos EUA operando em baixa antes da decisão do Federal Reserve, o ambiente doméstico se beneficiou de notícias corporativas favoráveis, especialmente ligadas à JBS (JBSS3), que liderou os ganhos do dia.
JBS dispara quase 18% e puxa setor de proteínas
O grande destaque do dia foi a JBS, cujas ações dispararam 17,89% após a BNDESPar, braço de investimentos do BNDES, anunciar que não irá votar contra a proposta de dupla listagem da companhia nos Estados Unidos. Essa decisão reforça o otimismo do mercado sobre a possível valorização da empresa no mercado internacional.
O movimento positivo também beneficiou outras empresas do setor de proteínas. BRF (BRFS3) avançou 7,15%, enquanto Marfrig (MRFG3) subiu 6,68%, confirmando a forte tendência de alta. Além disso, SLC Agrícola (SLCE3) também registrou ganhos expressivos, subindo 8,11%.
Segundo o analista CNPI Leandro Martins, em entrevista ao programa Closing Bell, da B3, “o setor de frigoríficos segue sendo um dos mais promissores no momento, com demanda aquecida tanto no mercado interno quanto nas exportações para China e Estados Unidos”.
Dólar recua e fecha no menor nível desde outubro
No mercado de câmbio, o dólar teve a sexta queda consecutiva, recuando 0,19% e encerrando o dia cotado a R$ 5,6755, a menor cotação desde 24 de outubro de 2024. O movimento foi impulsionado por um fluxo positivo de capital estrangeiro para a bolsa brasileira e pela ausência de sinais de deterioração fiscal no curto prazo.
Bolsas internacionais operam no vermelho
Enquanto o Ibovespa manteve sua sequência de ganhos, os índices americanos fecharam em queda. O S&P 500 caiu 1,07%, e o Nasdaq recuou 1,71%, refletindo a expectativa dos investidores pela decisão do Federal Reserve sobre a taxa de juros nos EUA, prevista para esta quarta-feira.
A expectativa também é grande no Brasil, onde o Copom deve definir a nova taxa Selic. O mercado aguarda uma possível redução da taxa básica de juros, o que poderia beneficiar ainda mais as ações da bolsa no médio prazo.
Destaques negativos: CVC, B3 e Vamos em queda
Nem tudo foi positivo no pregão desta terça-feira. Algumas empresas registraram perdas, com destaque para CVC (CVCB3), que caiu 3,47%, além de B3 (B3SA3) e Vamos (VAMO3), que recuaram 3,06% e 2,63%, respectivamente.
O volume financeiro negociado na B3 foi de R$ 21,3 bilhões, acima da média dos últimos 50 pregões, que era de R$ 16 bilhões.
Cenário fiscal segue no radar
Outro fator que influenciou o mercado foi o envio ao Congresso Nacional do novo projeto de lei do Imposto de Renda, que amplia a faixa de isenção para quem ganha até R$ 5 mil por mês. A proposta foi bem recebida pelo mercado, já que não trouxe surpresas negativas em relação ao equilíbrio fiscal.
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