
A taxa Selic deve atingir 14,25% na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), tornando os financiamentos imobiliários ainda mais caros. Com juros que variam entre 12% e 15% ao ano, o crédito tradicional se torna um desafio para quem deseja adquirir um imóvel. Em contrapartida, o consórcio imobiliário surge como uma alternativa mais acessível e financeiramente sustentável, registrando um aumento de 42% na procura nos últimos meses.
Por que o consórcio imobiliário está em alta?
Diferentemente do financiamento bancário, o consórcio não possui juros. A única cobrança existente é a taxa de administração, que varia entre 1% e 2% ao ano – um valor significativamente menor do que os encargos aplicados pelos bancos. Segundo Pedro Ros, CEO da Referência Capital, essa diferença pode representar uma economia expressiva para quem busca adquirir um imóvel sem comprometer seu orçamento.
“Enquanto um financiamento pode dobrar o valor final pago pelo imóvel devido aos juros compostos, o consórcio permite um planejamento financeiro mais equilibrado. Além disso, com um lance de apenas 30% do valor do bem, o comprador pode ser contemplado rapidamente e garantir sua carta de crédito”, explica o executivo.
Investimento inteligente: uso do consórcio para geração de renda
Com a Selic em alta, a estratégia de investir em imóveis via consórcio pode proporcionar uma rentabilidade interessante. Muitos investidores estão adquirindo imóveis e os colocando em plataformas de locação por temporada, como Airbnb, Housi e Charlie, garantindo um fluxo de caixa positivo.
Pedro Ros exemplifica: “Se um imóvel de R$ 300 mil for alugado por R$ 250 a diária, com uma ocupação média de 20 dias por mês, o retorno pode chegar a R$ 5 mil mensais. Esse valor cobre as parcelas do consórcio e ainda gera lucro”. Essa abordagem transforma o imóvel em um ativo rentável, mesmo para quem não deseja se descapitalizar.
Impacto da alta da Selic no setor imobiliário
A elevação da Selic impacta diretamente a construção civil e o crédito habitacional, tornando o financiamento imobiliário menos acessível. Com taxas de juros elevadas, muitas pessoas optam por adiar a compra da casa própria ou buscar alternativas mais econômicas, como o consórcio.
Além disso, o último Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, indicou uma leve redução na projeção da inflação. No entanto, esse recuo não é suficiente para conter a tendência de alta da Selic, que seguirá pressionando o mercado de crédito.
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