Self-service, pratos executivos e quentinhas: pesquisa do Procon aponta média de preços em restaurantes de Natal


Levantamento, feito pela primeira vez pelo Procon Natal, analisou 76 restaurantes durante os meses de fevereiro e março na capital potiguar. Restaurante self-service
Marcos Serra Lima/g1/ARQUIVO
Uma pesquisa do Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor do Natal (Procon Natal) apontou as médias de preços nos restaurantes self-service de Natal e também os valores das quentinhas.
A pesquisa, realizada pela primeira vez, aconteceu entre os meses de fevereiro e março em 76 restaurantes – contemplando centro da cidade, shopping centers e bairros residenciais.
📳Participe do canal do g1 RN no WhatsApp
Algumas médias de preço identificadas nos self-service foram:
prato executivo custava em média R$ 25,47;
prato do dia custava em média R$ 16,21;
quilo do alimento custava em média R$ 82,78;
quentinhas (tamanho padrão) custava em média R$ 15,92.
Em relação ao preço médio da refeição self-service, por quilo, o maior preço encontrado foi de R$ 115,90 e o menor de R$ 49,90, segundo o Procon, com uma variação de 132,26%.
A diferença entre o maior e menor preço foi observada em todas as regiões, devido aos tipos de estabelecimentos visitados, de acordo com o Procon.
Veja a média de preços por regiões
➡️Zona Leste de Natal: região com as refeições de maior preço médio encontrado, segundo o Procon, com preço médio de R$ 91,45. Esse preço foi encontrado no trecho entre os bairros Tirol, Petrópolis, Areia preta, Praia do Meio e Alecrim.
➡️ Zona Sul de Natal: segunda região com a refeição mais cara, com o preço médio de R$ 80,85. Esse valor foi encontrado nos bairros Capim Macio, Candelária, Lagoa Nova, Ponta Negra e Planalto.
➡️ Zona Norte: preço médio da refeição foi de R$ 80,72. Foram pesquisados os bairros Potengi, Igapó e Nossa Senhora da Apresentação.
➡️ Zona Oeste: região com a refeição de preços mais acessíveis na pesquisa foi a Oeste, com média de R$ 76,45 por quilo. A pesquisa ocorreu nos bairros Quintas, Nossa Senhora de Nazaré e Cidade da Esperança.
A Cidade Alta foi analisada de forma isolada, na região comercial, e teve um preço médio de R$ 78,90.
LEIA TAMBÉM
SEM AÇÚCAR, GLÚTEN, LACTOSE E CONSERVANTES: o que vai no cardápio de restaurante para bebês no RN
Quentinhas: custo médio de R$ 15 no tamanho padrão
A pesquisa também analisou o custo médio das quentinhas, com os valores variando de acordo com o tamanho. Veja abaixo:
Quentinha tipo 1 (menor) – preço médio de R$ 13,36
Quentinha tipo 2 (padrão) – preço médio de R$ 15,92
Quentinha tipo 3 (maior) – preço médio de R$ 18,53
O maior preço encontrado da quentinha 2 (padrão) foi de R$ 22 e o menor R$ 12, uma variação de 83%. A pesquisa observou essa diferença em todas as regiões.
Impacto para o consumidor
Segundo o Procon Natal, o custo do preço médio da refeição nos restaurantes na capital para o consumidor em relação ao salário-mínimo é de 32,62%. Ou seja, o trabalhador precisa de 63,88 horas de trabalho para pagar uma refeição de 400 gramas em 21 dias úteis no mês.
Em relação à quentinha, o custo para o consumidor é de R$ 350,24, durante 22 dias úteis no mês – o que representa cerca de 25% do salário-mínimo e 51 horas de trabalho.
Saiba o que o restaurante precisa informar
A diretora-geral do Procon Natal, Dina Perez, orienta que na hora de escolher o restaurante em que vai comer, o consumidor deve sempre avaliar o preço e tentar comparar com a qualidade da comida oferecida.
Além disso, é importante que os consumidores estejam cientes dos seus direitos, ela aponta.
“Os estabelecimentos que oferecem refeições por quilo não podem informar o preço apenas ao equivalente a 100g ou deixar de informar o valor da tara (peso do prato). Também não podem veicular informação que não corresponda ao valor mostrado na balança. Não pode ser cobrada taxa de desperdício do consumidor que deixar sobras de refeição em seu prato”, explicou a diretora-geral.
“O pagamento da gorjeta não é obrigatório, é uma opção do consumidor. O estabelecimento deve informar claramente o valor e que seu pagamento é opcional. Não pode ser apresentada essa taxa se não houve a efetiva prestação de serviço”.
⬇️ Veja também: três restaurantes populares tiveram o serviço suspenso no RN
Três restaurantes populares têm serviço suspenso
Vídeos mais assistidos do g1 RN
Adicionar aos favoritos o Link permanente.