Pazuello rompe silêncio após ex-assessor planejar matar Lula

O deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ) rompeu o silêncio após a prisão do general Mario Fernandes, que foi lotado em seu gabinete na Câmara dos Deputados e preso pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira por suspeita de planejar a morte de Lula.

“Tomei conhecimento do assunto hoje de manhã, pela imprensa, vendo o noticiário na televisão”, disse Pazuello à coluna.

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Tenente-coronel Helio Ferreira Lima também foi preso por plano para matar Lula

Rafael Martins de Oliveira
General Mário Fernandes foi preso pela PF nesta terça-feira
Dep. General Pazuello (PL - RJ)
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Mario Fernandes trabalhou com Bolsonaro

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Tenente-coronel Helio Ferreira Lima também foi preso por plano para matar Lula

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General Mário Fernandes foi preso pela PF nesta terça-feira

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Mario Agra / Câmara dos Deputados

Aliados do deputado sustentam que, se Pazuello soubesse de suspeita tão grave, não teria nomeado o militar no próprio gabinete. Até então, argumentam, a suspeita relacionada ao general estaria concentrada apenas numa reunião ministerial investigada pela PF. E afirmam que Pazuello, que não é citado na operação de hoje, atuou para arrefecer os ânimos no meio militar após o pleito eleitoral.

Aliados de Pazuello também sustentam que, se de fato houve um plano para matar Lula, ele provavelmente seria restrito ao conhecimento de pouquíssimas pessoas, apenas a quem de fato executaria o plano.

Assessor de Pazuello tinha cargo privilegiado

O general Mário Fernandes recebia um supersalário no gabinete do deputado Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde de Jair Bolsonaro.  Ele foi nomeado em março de 2023 para um “cargo de natureza especial”. A função, com código CNE 09, só pode ser ocupada por pessoas com nível superior completo. O salário é de R$ 15,6 mil, o segundo maior vencimento do tipo na Câmara.

A prisão do general ocorreu na Operação Contragolpe, articulada pela Polícia Federal. A ação ainda prendeu o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo, o major Rafael Martins de Oliveira e o policial federal Wladimir Matos Soares.

Os mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal. Os militares presos fazem parte de um grupo chamado “kids pretos”. Eles são especializados em operações especiais do Exército, com foco em sabotagem e incentivo em revoltas populares ou “insurgência popular”, que não chegam a se transformar em guerra civil.

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