Festejo do Peixe mantém viva a cultura dos povos indígenas de Boa Vista


O evento ocorre com apoio da prefeitura e é uma oportunidade de conhecer os costumes e as tradições das comunidades do baixo São Marcos A celebração que reúne moradores, alunos e professores de 13 comunidades indígenas, já faz parte do calendário cultural do município.
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A comunidade indígena Vista Nova, no Baixo São Marcos, se transformou no centro das comemorações do Festejo do Peixe deste ano. Com o apoio da Prefeitura de Boa Vista, o evento proporciona aos moradores e visitantes a oportunidade de vivenciar a cultura indígena em sua essência, além de celebrar a beleza, a força e a continuidade das tradições.
O Prefeito Arthur Henrique, secretários municipais e convidados, prestigiaram a 11ª edição do evento. O gestor municipal destacou a importância dos investimentos feitos na área indígena que geram resultamos positivos e impactam na vida dos moradores, assim como o tradicional Festejo do Peixe.
“Estamos celebrando umas das principais atividades desenvolvidas aqui na região. A gestão apoia as comunidades nos setores da agricultura, cultura, educação, dentre outros. Não poderíamos faltar nessa grande festa que mostra o resultado desse trabalho”, disse Arthur.
O evento que reúne moradores, alunos e professores de 13 comunidades indígenas, já faz parte do calendário cultural do município. “Aqui temos um intercâmbio de cultura, além de aprendizado e aproximação. A participação da prefeitura é muito importante porque ela nos dá todo suporte que precisamos para o festejo acontecer”, explicou o Tuxaua da Comunidade Vista Nova, Atenison Oliveira.
O projeto BV 128 é uma ferramenta tecnológica desenvolvida pela prefeitura para ensinar de forma interativa e dinâmica a história de Boa Vista.
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Nesta comunidade está localizada a Escola Municipal Clemente dos Santos, composta por alunos das etnias Macuxi, Wapixana e não indígenas. Ela é uma das unidades que trabalharam no projeto BV 128, uma ferramenta tecnológica desenvolvida pela prefeitura para ensinar, de forma interativa e dinâmica, a história de Boa Vista.
Durante o Festejo, mais de 100 estudantes de escolas indígenas e do campo receberam seus certificados de participação no projeto. “Todos usaram os óculos de realidade virtual aumentada e interagiram de forma prática com a ferramenta do mesmo modo que ocorre na cidade”, explicou a secretária municipal de Educação e Cultura, Consuelo Sales.
Tayla Mel Pena, de 9 anos, da Escola Municipal Francisca Gomes da Silva, teve a oportunidade de conhecer virtualmente a história da capital. “Eu fiz um passeio pelas fazendas São Marcos e Boa Vista, ainda conheci o Forte São Joaquim. Foi muito legal! Agora recebi o certificado”, comemorou.
Alunos e professores também fizeram uma exposição de maquetes e cartazes destacando pontos turísticos da cidade. O evento ainda é palco para artesãos da região que expõem e comercializam peças únicas de artesanato, feitas com técnicas tradicionais que perpetuam a história e a arte das comunidades.
Alunos da rede municipal participam dos Jogos Escolares do Baixo São Marcos. Foto: PMBV.
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Neste período, também acontecem os Jogos Escolares do Baixo São Marcos. Com mais de 300 alunos da rede municipal competindo em categorias que vão do infantil ao adulto, nas modalidades masculina e feminina.
Os jogos são um momento de integração e incentivo à prática esportiva. As competições incluem futebol, arco e flecha, cabo de guerra e o concurso da melhor Damurida, trazendo um toque de sabor e tradição aos desafios esportivos.
Projeto Moro-Mori incentiva a prática da piscicultura e traz melhorias econômicas e nutricionais para os povos indígenas de Boa Vista.
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Além da festa e dos jogos, o evento destaca um importante projeto de desenvolvimento sustentável para as comunidades indígenas: o Moro-Mori, que incentiva a prática da piscicultura e promove melhorias econômicas e nutricionais para os povos indígenas de Boa Vista.
Implantado pela gestão municipal, o projeto já escavou tanques em 11 comunidades e oferece capacitação e assistência técnica às famílias, além de fornecer alevinos, ração e equipamentos como redes, balanças e motores-bomba.
Até o momento, quatro comunidades — Serra da Moça, Darôra, Campo Alegre e Ilha — já fizeram despescas, contabilizando mais de 8 toneladas de peixe. A expectativa é de que todas as comunidades do Baixo São Marcos contem com tanques de piscicultura até junho de 2025, ampliando ainda mais o alcance do projeto e consolidando a segurança alimentar e a geração de renda na região.
“Neste encontro de tradições, a SMAAI reforça o compromisso da prefeitura com as comunidades com suas raízes culturais e com um futuro de prosperidade e autossuficiência”, destacou o secretário Municipal de Agricultura e Assuntos Indígenas, Guilherme Adjuto.

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