Eduardo Bolsonaro repudia vinculação entre homem-bomba e seu pai

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), em nome do Partido Liberal (PL), publicou uma nota nesta sexta-feira (15/11) em que repudia tentativas de vinculação entre o homem-bomba que se explodiu na Praça dos Três Poderes na quarta-feira (13/11) e seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

No texto, o deputado diz que as declarações buscam atrapalhar o avanço do projeto de lei (PL) da anistia, que propõe perdão aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 em Brasília. O parlamentar  assumiu nesta semana o cargo de secretário de Relações Institucionais e Internacionais do PL.

Eduardo Bolsonaro defende que a ação do homem-bomba tratou-se de suicídio e, não ataque aos Poderes. Também citou a filiação de Francisco Wanderley, responsável pelo atentado, ao PL, mas afastou a associação com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

“O responsável pelo incidente teve uma candidatura mal sucedida em 2020, por uma chapa composta pelo PDT e PL, em um período no qual o presidente Bolsonaro sequer estava filiado ao PL”, diz a nota assinada pelo filho do ex-presidente.

“A tentativa de instrumentalização de uma tragédia desta magnitude pela esquerda para fins políticos revela uma preocupante falência moral, evidenciando a falta de compaixão daqueles que, mesmo diante de um indivíduo com claros distúrbios mentais que tragicamente tirou a própria vida, optam por explorar o incidente para alcançar seus objetivos políticos e tentar justificar perseguições e abusos contra a oposição”, complementa o deputado.

Debate público

A versão do deputado, no entanto, diverge da avaliação da Polícia Federal, que investiga o caso, e de outras autoridades. Segundo o diretor-geral da PF, o homem pretendia “matar ministros da Suprema Corte” e seu principal alvo seria o ministro Alexandre de Moraes. O próprio Moraes afirmou que o homem-bomba só se explodiu porque seu plano falhou e ele iria ser preso.

Além disso, um boné com o slogan da campanha de Bolsonaro, em 2022, foi encontrado no trailer alugado pelo autor do atentado. Em publicações nas redes sociais, Wanderley, conhecido como Tiü França em sua cidade, Rio do Sul (SC), fez referência ao ataque.

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