Farmácia natural: saiba como cultivar a sua

Farmácia natural: saiba como cultivar a suaNádia Simonelli

[email protected] (CicloVivo)

O uso de ervas e plantas medicinais é uma tradição tão antiga quanto a origem da humanidade. Há relatos de que os chineses já utilizavam plantas como o “ginseng” para manter sua vitalidade há mais de 3.000 anos a.c. De fato, o Imperador Shennong que viveu nessa época, ficou conhecido por ser um grande disseminador da medicina das plantas e acabou ganhando o nome de “Rei dos Medicamentos”.

Além da China, muitos outros povos sempre demonstraram o conhecimento das plantas como recurso de tratamento de diversas doenças, com adeptos na Europa, Egito e América. Quando os colonizadores chegaram ao Brasil, encontraram pajés com grande dominância sobre os poderes de cura das ervas.

A união dos conhecimentos botânicos indígenas com os dos europeus e mais tarde enriquecidos pela cultura africana, tornou o povo brasileiro grande adepto aos recursos naturais para o tratamento de muitas doenças. A forma de uso inclui chás, emplastros, compressas, xaropes, inalação ou o uso de óleos essenciais.

A cultura do uso das ervas é transmitida de geração a geração e muitos adeptos gostam de ter em casa alguns dos seus remedinhos plantados no quintal. Por isso selecionamos algumas destas plantas, o que tratam e como devem ser o cultivo delas, seja no jardim ou em vasos.

Espinheira Santa

Nome Científico: Maytenus ilicifolia

Origem: Brasil

Continua após a publicidade
Continua após a publicidade

Como cultivar: É uma arvoreta que gosta de sol pleno e muita água. Desenvolve-se melhor quando plantada no chão, embora possa ser cultivada em vaso, que deve ser trocado conforme ela cresce.

Uso terapêutico: Gastrites, dores de estômago, azia, úlceras. Também tem efeito diurético, laxativo e anti-infeccioso.

Forma de Uso: Geralmente na forma de chá.

Alecrim
<span class=”hidden”>–</span>Lachlan Ross/Pexels

Alecrim

Nome Científico: Rosmarinus officinalis

Origem: Mediterrâneo

Continua após a publicidade

Como cultivar: Cultivado em vasos ou jardim em sol pleno, gosta de solo alcalino e bem drenado.

Uso terapêutico: Tosse, asma, ameniza dores reumáticas, equilibra pressão arterial, diurético e auxilia a digestão.

Forma de uso: Tempero culinário, chás e óleo essencial.

Erva doce

Nome Científico: Foenuculum vulgare

Origem: Mediterrâneo e Ásia

Continua após a publicidade

Como cultivar: Este arbusto de folhas miúdas gosta de muito sol, com muita matéria orgânica (compostagem ou húmus de minhoca), mas em solo bem drenado.

Uso terapêutico: Má digestão, gases, cólicas menstruais e intestinais. É rico em vitaminas A, B, C, cálcio, ferro, fósforo, potássio, sódio e zinco. Pode ser usado em todas as idades.

Forma de Uso: Chás, xaropes, uso culinário.

Gengibre

Nome Científico: Zingiber officinale

Origem: Ásia

Continua após a publicidade

Como cultivar: Planta de touceira que pode atingir 1,5 metros de altura, melhor cultivo direto no solo, mas pode ser plantado em vasos também. Gosta de sol pleno, bem drenado e rico de matéria orgânica.

Uso terapêutico: Dores de garganta, artrites, antioxidante, anti-inflamatório, além de termogênico auxiliando o metabolismo e ajudando no emagrecimento.

Forma de uso: Cataplasmas, chás, uso culinário, sprays.

Carqueja

Nome Científico: Baccharis trimera

Origem: Brasil

Como cultivar: Planta entouceirada de cerca de 60 cm, plantada em sol pleno e solo arenoso enriquecido com composto ou húmus de minhoca.

Uso terapêutico: Má digestão, prisão de ventre, anemia, doenças de fígado, azia, colesterol.

Modo de uso: chás.

Erva-cidreira

Nome Científico: Melissa officinalis

Origem: Europa e Ásia

Como cultivar: Pode ser cultivada a pleno sol ou a meia sombra em locais muito quentes. O solo deve ser composto pela mistura arenosa e argilosa, mas sempre bastante adubado.

Uso terapêutico: Melhora a qualidade do sono, ajuda digestão, cólicas menstruais e intestinais.

Modo de uso: Chás e uso culinário.

Como plantar lavanda
<span class=”hidden”>–</span>Heather Ford/Unsplash

Lavanda

Nome Científico: Lavandula angustifolia

Origem: Europa e mediterrâneo

Como cultivar: Cultivado em pleno sol em solo rico e bem drenado. Vai bem em vasos e floresce no verão. Rústica, não tem necessidade de muita água.

Uso terapêutico: Cicatrizante, anticéptico, analgésico, combate a ansiedade e depressão.

Modo de uso: Chás, emplastros, óleos essenciais, difusor de ambientes.

Capim-santo ou capim-limão

Nome Científico: Cymbopogon citratus

Origem: Ásia tropical

Como cultivar: Planta muito rústica, bastante invasora e portanto, deve ser contida. Gosta de solos bem drenados e enriquecido com composto orgânico.

Uso terapêutico: Ação analgésica e anti-inflamatória, regula a pressão, diurético, rica em antioxidantes.

Modo de uso: Chás ou sucos

Vaso pequeno de hortelã
<span class=”hidden”>–</span>Eleanor Chen/Unsplash

Hortelã

Nome Científico: Mentha spicata

Origem: Oriente médio

Como cultivar: Planta de meia-sombra, solo rico em matéria orgânica e bastante úmido. É bastante invasor e pode ser plantado em vasos.

Uso terapêutico: Energizante, refrescante e combate doenças respiratórias.

Modo de uso: Chás, emplastros, xaropes.

Confrei

Nome Científico: Symphytum officinale

Origem: Índia

Como cultivar: Gosta de sol pleno e solo bem adubado, porém drenado. Pode ser cultivado em vasos, pois não costuma atingir mais de 60 cm de altura.

Uso terapêutico: Para doenças gastrointestinais, diarreias, hemorroidas e reumatismos, mas é bastante disseminado o efeito de cicatrizante de feridas.

Modo de uso: Chás ou emplastros.

Ginseng

Nome científico: Panax ginseng

Origem: Ásia

Como cultivar: Planta de meia-sombra, solo rico em composto orgânico e bem drenado. Tem crescimento lento e a raiz pode demorar até cinco anos até ficar no ponto de ser consumida.

Uso terapêutico: Energizante, estimulante e auxilia o sistema circulatório.

Modo de uso: Chás.

Para ver mais conteúdos como este, acesse o site CicloVivo!

 

Publicidade

Adicionar aos favoritos o Link permanente.