Vídeo mostra pânico após empresário ser morto no aeroporto de Guarulhos

Vinícius Gritzbach foi atingido com tiros de fúzilReprodução/ Redes Sociais

Imagens de câmeras de segurança flagraram o momento em que o empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach foi executado na área de desembarque do Terminal 2 do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. O crime aconteceu às 16h03 e está sendo investigado pela Polícia Civil como uma execução por queima de arquivo.

Nas imagens, dois homens encapuzados desembarcam de um Gol preto, estacionado em frente a um ônibus da Guarda Civil Metropolitana (GCM), e abrem fogo contra o empresário, que veste uma camiseta branca e carrega uma mala preta. Gritzbach, em uma tentativa de escapar, pula sobre o canteiro central, mas cai ferido e, pouco depois, morre no local. Toda a ação durou cerca de 15 segundos, enquanto passageiros circulavam normalmente com suas bagagens na área.

Após o crime, o Gol preto utilizado pelos atiradores foi encontrado abandonado em uma comunidade de Guarulhos. Dentro do veículo, a polícia localizou munições de fuzil e um colete balístico. 

Perto do Hotel Pullman, nas proximidades do aeroporto, outro tiroteio ocorreu, deixando duas pessoas feridas: dois motoristas de aplicativo e uma mulher que passava pela calçada. Os três foram socorridos e levados ao hospital em estado grave, segundo os investigadores.

Histórico de colaboração e conflitos com o PCC

Gritzbach vinha colaborando com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), revelando esquemas de lavagem de dinheiro envolvendo o PCC e operações financeiras suspeitas que movimentaram mais de R$ 30 milhões, principalmente por meio da compra e venda de imóveis e de postos de combustíveis. Ele prestou seu último depoimento ao MPSP há 15 dias, detalhando novas informações sobre crimes financeiros ligados à facção.

Além de seu papel como delator, Gritzbach também tinha um histórico de atritos com a organização criminosa. Em 2021, ele teria mandado matar dois integrantes do PCC: Anselmo Becheli Santa Fausta, o “Cara Preta,” e seu motorista, Antônio Corona Neto, conhecido como “Sem Sangue.” O empresário respondia judicialmente por envolvimento nessas mortes e, de acordo com as investigações, tinha grande influência em células do PCC, chegando a participar do chamado “tribunal do crime,” onde decisões sobre punições e até execuções de membros são tomadas.

A execução de Gritzbach segue em investigação pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e pela Delegacia de Atendimento ao Turista (DEATUR), que analisam o crime como uma ação coordenada para eliminar o empresário e impedir que novas informações sobre o esquema de lavagem de dinheiro do PCC fossem reveladas às autoridades.

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