Laboratório de ‘maconha gourmet’ é fechado e influentes nomes do tráfico em SC são presos

Seis pessoas foram presas, em Joinville, suspeitas de participarem de um grande esquema de venda de maconha no Norte catarinense. Em operação feita nesta quarta-feira (6), a Polícia Civil ainda fechou um laboratório onde era produzido a chamada “maconha gourmet“, entorpecente mais caro e potente que o tradicional.

Laboratório de 'maconha gourmet' é fechado e influentes nomes do tráfico em SC são presos

Laboratório de ‘maconha gourmet’ é fechado e influentes nomes do tráfico em SC são presos – Foto: Flávio Armanini/NDTV

A operação da DIC (Divisão de Investigação Criminal) foi realizada em diversos bairros de Joinville. Estufas de maconha gourmet, ingredientes para produção das drogas, balanças e celulares foram apreendidos.

Prisões

A Polícia Civil cumpriu 10 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão, nesta quarta-feira (6). O primeiro suspeito preso é um dos traficantes mais atuantes da cidade e braço direito do líder de uma facção criminosa, segundo o delegado Murillo Batalha.

“A investigação conseguiu identificá-lo. Foi difícil descobrir o paradeiro dele, mas conseguimos identificar uma casa aqui no bairro Espinheiro e realizamos a prisão temporária”, relatou o delegado.

A ação seria liderada por um suspeito que está preso no Presídio Regional da cidade desde 2023.

Maconha gourmet

Durante a investigação, a equipe da DIC também descobriu um laboratório especial para a fabricação da maconha gourmet. A produção das drogas acontecia de forma independente e sem relação com os alvos principais da operação.

No local, um jovem de apenas 25 anos foi preso junto com dois colegas. Os suspeitos são estudantes de odontologia e engenharia de produção em uma universidade da cidade.

Os entorpecentes fabricados pelo grupo seriam vendidos, principalmente, em áreas nobres do município, segundo a investigação.

Momento da prisão de jovens suspeitos de venderem maconha gourmet – Vídeo: Polícia Civil/Reprodução/ND

Consumo próprio?

Em entrevista exclusiva à equipe da NDTV Record Joinville, um dos suspeitos foi enfático ao afirmar que a produção era para consumo próprio. “Cara, eu não tô vendendo não. A gente faz para consumo mesmo”, disse.

O repórter Felipe Bambace repetiu a pergunta, com base em informações repassadas pela DIC: “Nunca vendeu? Nem na faculdade?”, questionou o repórter. O suspeito respondeu: “Nunca, cara, nunca precisei disso. Sério mesmo. Era para consumo.”

Para o delegado Murillo Batalha, o saldo da operação é positivo. “Seis pessoas foram presas, drogas também foram encontradas no interior do Presídio Regional de Joinville. Agora, [os suspeitos] serão autuados em flagrante de delito”, afirmou.

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