Caso Moïse: dupla é condenada por morte de congolês no RJ

Moïse Mugenyi Kabagambe tinha 24 anosReprodução / Facebook

Após quase dois anos do crime que chocou o Brasil, dois homens foram condenados pelo espancamento e morte do congolês Moïse Kabagambe em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O julgamento, que ocorreu por meio de um júri popular, foi concluído na noite da última sexta-feira (14), resultando em penas superiores a 19 anos de prisão para os acusados.

Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca recebeu uma pena de 23 anos, 7 meses e 10 dias de reclusão por homicídio qualificado. Já Fabio Pirineus da Silva foi condenado a 19 anos, 6 meses e 20 dias de prisão. Ambos estão detidos desde fevereiro de 2022. Durante o julgamento, eles alegaram que agiram em legítima defesa e negaram a intenção de matar, mas seus argumentos foram rejeitados pelos jurados.

Um terceiro envolvido, Brendon Alexander Luz da Silva, ainda não foi julgado. O nome dele foi desmembrado do processo após a defesa recorrer da sentença de pronúncia.

Moïse Kabagambe, de 24 anos, foi brutalmente agredido em 24 de janeiro de 2022. De acordo com a denúncia do Ministério Público, ele já havia trabalhado no quiosque como freelancer e, no dia do crime, discutiu com um funcionário antes de ser atacado.

A investigação revelou que ele foi imobilizado, agredido com um taco de beisebol, socos e chutes, sem possibilidade de defesa. A promotoria argumentou que os denunciados agiram de forma premeditada e motivados por um motivo torpe.

Os acusados alegaram que Moïse tentou pegar bebidas do freezer do quiosque sem permissão e que teria se comportado de maneira agressiva, mas essa versão foi descartada pelo tribunal. O caso, que gerou grande repercussão e mobilização por justiça, teve desdobramentos importantes com a sentença dos dois primeiros condenados, enquanto o julgamento do terceiro acusado segue sem data definida.

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