Amorim diz que apoio de Lula a Kamala foi discreto e que Brasil vai buscar ‘relação normal’ com Trump


O assessor especial da presidência, Celso Amorim, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Fábio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
O assessor para assuntos internacionais do Presidência da República, Celso Amorim, disse nesta quarta-feira (6) que o Brasil vai buscar manter uma “relação normal” com os Estados Unidos após a vitória de Donald Trump na corrida eleitoral americana. Mas ponderou que é preciso “ver a questão ambiental” que vai ser construída, segundo ele, com o tempo.
“Vamos procurar manter uma relação normal. O exemplo que dou para todos é o que aconteceu com o presidente [George W.] Bush. Na ocasião, o Brasil condenou a guerra do Iraque, o que foi muito forte. O presidente Lula fez questão de falar condenando a guerra e mesmo assim depois nós tivemos uma relação normal. Ele mesmo visitou o Brasil duas ocasiões”, afirmou Amorim.
O assessor destacou a relação diplomática de 200 anos entre os dois países. “Sempre mantivemos uma relação saudável e importante para nós. Sempre baseada no pragmatismo”, completou.
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Questionado sobre uma entrevista em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (`PT) declarou apoio à candidata adversária de Trump, Kamala Harris, Amorim pontou que a manifestação do presidente foi discreta.
“Acho que a expressão usada por Lula de simpatia por Kamala foi discreta e não falou mal de Trump”, justificou.
O assessor também fez questão de sinalizar as diferenças do presidente americano eleito com relação ao presidente argentino, Javier Milei. Segundo ele, Trump nunca falou mal de Lula.
“Apoiava Bolsonaro, mas nunca falou mal de Lula. Eu acho que há um potencial para uma relação pragmática. Se ele teve uma relação pragmática com a Coréia do Norte, há muito mais razão para ter uma relação assim com o Brasil”, disse.
– Esta reportagem está em atualização

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