Justiça decreta prisão preventiva de casal suspeito de morte de filho de 2 meses por desnutrição


Graciela Dominciano de Souza e José Euripedes Pizzo de Matos Neto passaram por audiência de custódia nesta segunda-feira (4). Bebê morreu no domingo, após dar entrada em Santa Casa de Franca (SP) em estado crítico. Bebê de 2 meses deu entrada na Santa Casa de Franca, SP, no domingo (3) à noite
Reprodução/EPTV
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) converteu para preventivas as prisões em flagrante de Graciela Dominciano de Souza, de 28 anos, e José Euripedes Pizzo de Matos Neto, de 27. O casal, que passou por audiência de custódia nesta segunda-feira (4), é suspeito da morte do filho, Luiz Miguel Dominciano de Matos, de 2 meses.
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O bebê morreu na noite de domingo (3), após dar entrada na Santa Casa de Franca (SP) com sinais de desnutrição.
De acordo com o boletim de ocorrência, ele também apresentava uma queimadura no pescoço que aparentava ter sido causada por bituca de cigarro.
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Na decisão, o juiz justificou a prisão preventiva sob ‘risco de comoção social’ e ‘integridade física do casal’ até que os fatos sejam apurados.
À EPTV, afiliada da TV Globo, a advogada do casal disse que entrou com pedido de habeas corpus por ausência de indícios de autoria e materialidade no caso.
Suspeita de desnutrição
Graciela e José Euripedes foram presos na noite de domingo após a polícia suspeitar que o filho do casal sofria maus tratos.
O bebê deu entrada na Santa Casa com uma parada cardiorrespiratória e estado considerado crítico. Ele tinha dois meses e pesava cerca de 2,5 kg, quase um quilo a menos do que a última vez que esteve no hospital, em outubro.
Além disso, o bebê tinha uma queimadura no pescoço, que parecia causada por bituca de cigarro.
Os médicos que atenderam Luiz Miguel acionaram a polícia e os pais foram encaminhados à delegacia para prestar esclarecimentos.
Em depoimento, Graciela disse que o filho tinha lábio leporino e era alimentado por sonda. Segundo ela, o bebê parecia ter engasgado e, por isso, ela procurou atendimento médico.
A defesa nega que Graciela e Euripedes maltratassem o filho e disse que o bebê passou por atendimento em um hospital em Campinas (SP) e não houve diagnóstico de desnutrição.
Segundo os advogados, Luiz Miguel também sofria de hipotireoidismo e fibrose cística, o que motivava a alimentação por sonda e resultou na perda de peso.
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