Briga entre professores de direito da USP vira caso de polícia

Faculdade Direito USPSturm/Wikipedia

Uma reunião de professores de Direito Civil da USP (Universidade de São Paulo) quase terminou em agressão física entre o chefe do departamento, Eduardo Cesar Silveira Vitta Marchi, e o professor José Fernando Simão. Segundo informações e áudios obtidos pelo UOL, o caso já foi levado à Polícia Civil e à Justiça. Simão registrou um inquérito por ameaça e entrou com uma ação de danos morais, após ser xingado e ameaçado por Marchi.

Os áudios revelam a tensão entre os professores

Nos áudios acessados pelo UOL, a confusão começou quando Simão insistiu que Marchi colocasse em votação a contratação de duas novas vagas para professores. Em resposta, Marchi, visivelmente irritado, disparou: “Você pode ficar quieto? Senão vou pedir para você se retirar”. Simão afirmou que continuaria a se manifestar, o que gerou uma reação explosiva do chefe, que ameaçou abrir uma sindicância sobre as viagens de Simão a Portugal.

No calor da discussão, outros professores tentaram acalmar Marchi, que continuou com as ofensas, chegando a citar uma discussão antiga entre Simão e um professor já falecido. Em tom desafiador, Marchi declarou: “Quero conversar cara a cara com você, se for macho! Covarde!”. Em seu relato, a professora Giselda Hironaka, que estava presente, disse que todos ficaram “atônitos” com o comportamento do chefe do departamento.

Após o incidente, Simão obteve na Justiça uma medida protetiva contra Marchi. A decisão determina que o chefe mantenha o respeito e a urbanidade com o colega, com multa de R$ 10 mil por qualquer ato de desrespeito. A confusão na USP, registrada em áudios, segue como um caso policial e judicial, com informações adicionais do UOL sobre o incidente.

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