
Carioca Érika Hecksher obteve na Justiça portuguesa o direito de trazer o menor e reencontrou a criança na quinta-feira (13). Voo de volta está marcado para esta sexta-feira (14). Érika Hecksher abraça o filho que ficou 50 dias sem ver
Arquivo pessoal
A Justiça de Portugal decidiu que a carioca Érika Hecksher retorne ao Brasil com o seu filho de 10 anos. A criança tinha ido passar as festas de fim de ano com o pai, que não deixou que o menino embarcasse de volta ao Brasil, em janeiro.
A decisão da juíza Ana Paula da Cunha Barreiro, do Tribunal Judicial da Comarca de Viana do Castelo, aconteceu na quarta-feira (12). Na manhã desta quinta (13), Érika recebeu o filho de volta, em Portugal. O retorno para o Rio de Janeiro está marcado para esta sexta-feira (14), segundo ela contou ao g1.
“Alívio. Estou muito aliviada. Uma sensação de gratidão e de força que nem meu esgotamento me tira”, comentou Érika, após arrumar as malas para a viagem desta sexta.
O pai do menor, o ex-juiz Rui Fonseca e Castro, não respondeu aos contatos feitos. O g1 apurou que Fonseca e Castro irá recorrer da decisão.
Érika reencontra o filho em Portugal depois de 50 dias
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Em sua decisão, a juíza considerou os argumentos da defesa de Érika de que ela já possuía a guarda do filho no Brasil e a vontade do menor de ficar com a mãe.
A magistrada ainda decidiu que o pai deve custear a volta de Érika e do filho ao Brasil. Fonseca e Castro ainda precisou devolver o passaporte do filho à Érika.
O ex-juiz Pedro Fonseca e Castro, pai do menor
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50 dias de espera
Érika recebeu no aeroporto, em janeiro, a notícia de que o filho menor não viajaria com ela. Mesmo com a guarda da criança, obtida na Justiça, ela foi até a polícia portuguesa registrar o caso e entrou com uma medida cautelar.
“Sempre tentei ter uma relação amistosa com o meu ex-marido. Sempre incentivei a relação do meu filho com o pai, mas fui surpreendida na hora do embarque ao Brasil quando fui avisada que meu caçula não iria voltar para o Rio. Desde então, tomei a decisão de que não voltava sem ele”, conta.
“Só fui na casa dele, em Viana do Castelo, em 8 de fevereiro, mas o Rui não estava em casa e não pude nem entrar”, recorda. “Eu não poderia invadir a casa e pegar meu filho senão eu passaria por errada. Não ia dar certo. E não teria ninguém ao meu lado dessa forma.”
Mãe tenta trazer filho menor de idade de volta ao Brasil
“Recebo mensagens diariamente do meu filho pedindo para buscá-lo. Imagina como está a cabeça dele. Isso tudo está mexendo com o emocional da criança. Eu só quero tirá-lo disso o mais rápido possível e levá-lo para casa dele, no Rio, para a escola e para junto dos amigos”, afirmou, semanas antes de reencontrar o filho.
Em uma das mensagens obtidas pelo g1, o menor se mostrou preocupado com a possibilidade de o pai quebrar o seu telefone celular. Em outra, pediu para ficar com a mãe.
“Eu não aguento mais ficar aqui. Quero ir embora logo daqui logo. Quero ficar com você”, escreveu.
Troca de mensagens de Érika com o filho
Arquivo pessoal