Eleições 2024: 16 prefeitos de capitais foram reeleitos no país

Dos 20 prefeitos candidatos nas 26 capitais brasileiras, 16 tiveram sucesso e foram reeleitos nas Eleições Municipais de 2024. O número leva em conta os resultados do primeiro turno, realizado em 6 de outubro, e os do segundo turno, realizado neste domingo (27/10).

Dez dos 16 vitoriosos foram reeleitos já em primeiro turno, ao obterem 50% mais um dos votos válidos. Já seis prefeitos buscando a reeleição avançaram para o segundo turno e tiveram sucesso neste domingo. Pela regra eleitoral, todas as capitais poderiam ter segundo turno, pois possuem mais de 200 mil eleitores.

Em João Pessoa (PB), Cícero Lucena (PP) defendeu seu mandato contra o ex-ministro da Saúde de Jair Bolsonaro Marcelo Queiroga (PL). Cícero terminou o primeiro turno em primeiro lugar e quase ganhou, com 49,16% dos votos, enquanto seu principal adversário teve 21,77%. Na segunda votação, o candidato do PP teve 63,91% e o ex-ministro, 36,09%.

Os gaúchos reelegeram Sebastião Melo (MDB) prefeito de Porto Alegre (RS). Ele recebeu 61,53% dos votos, contra 38,47% da deputada federal Maria do Rosário (PT).

O Metrópoles considerou neste levantamento dois prefeitos que foram eleitos vices em 2020 e alçados ao posto de prefeitos ao longo do mandato.

Na capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), que assumiu o posto de prefeito em 2021, com o falecimento de Bruno Covas (PSDB), derrotou o deputado federal Guilherme Boulos (PSol).

Já em Campo Grande (MS), a prefeita Adriane Lopes (PP) ascendeu ao cargo em 2022, após a renúncia de Marquinhos Trad (então no PSD), que deixou o cargo para concorrer a um cargo de governador nas eleições estaduais de 2022. Neste domingo, Adriane obteve 51,45% dos votos válidos, ante 48,55% de Rose Modesto (União).

O terceiro caso é de Fuad Noman (PSD), em Belo Horizonte (BH), que derrotou Bruno Engler (PL). Fuad assumiu a prefeitura após a renúncia do titular, Alexandre Kalil (então no PSD, hoje no Republicanos), em 2022. Kalil disputou, sem sucesso, o governo de Minas Gerais há dois anos.

Kalil justifica apoio a adversário de antigo vice na prefeitura de BH

Foram reeleitos os seguintes prefeitos de capitais:

  1. Eduardo Paes (PSD) no Rio de Janeiro, Rio de Janeiro;
  2. Lorenzo Pazolini (Republicanos) em Vitória, Espírito Santo;
  3. João Campos (PSB) no Recife, Pernambuco;
  4. Bruno Reis (União Brasil) em Salvador, Bahia;
  5. João Henrique Caldas, o JHC (PL), em Maceió, Alagoas;
  6. Eduardo Braide (PSD) em São Luís, Maranhão;
  7. Dr. Furlan (MDB) em Macapá, Amapá;
  8. Arthur Henrique (MDB) em Boa Vista, Roraima;
  9. Tião Bocalom (PL) em Rio Branco, Acre;
  10. Topázio Neto (PSD) em Florianópolis, Santa Catarina;
  11. David Almeida (Avante) em Manaus, Amazonas;
  12. Cícero Lucena (PP) em João Pessoa, Paraíba;
  13. Adriane Lopes (PP) em Campo Grande (MS);
  14. Sebastião Melo (MDB) em Porto Alegre (RS);
  15. Fuad Noman (PSD) em Belo Horizonte (BH); e
  16. Ricardo Nunes (MDB) em São Paulo, São Paulo.

Não reeleitos

Houve quatro prefeitos de capitais que não tiveram sucesso já em primeiro turno. Eleitos em 2020, José Sarto (PDT), prefeito de Fortaleza (CE), e Edmilson Rodrigues (PSol), em Belém (PA), ficaram em terceiro lugar na disputa. Sarto teve 11,75% dos votos e Edmilson, 9,78%.

Também não conseguiu se eleger Rogério Cruz (Solidariedade), que foi eleito vice em 2020 em Goiânia e assumiu o mandato em 2021, após o falecimento do prefeito eleito Maguito Vilela (MDB), que morreu em decorrência da Covid. Na disputa deste ano, Rogério ficou em sexto lugar no primeiro turno, com 3,14% dos votos.

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A quarta capital onde o prefeito não se reelegeu foi Teresina (PI). Na capital piauiense, o atual prefeito, Dr. Pessoa (PRD), acabou a disputa em terceiro lugar, com apenas 2,20% dos votos válidos. O vencedor da eleição foi Silvio Mendes (União), eleito no primeiro turno com 52,19%. Mendes já havia chefiado Teresina anteriormente, de 2005 a 2010.

Prefeitos que terão 2º mandato não consecutivo

Em Palmas (TO), Eduardo Siqueira Campos (Podemos) garantiu a maioria dos votos válidos neste domingo e foi eleito prefeito. Ele foi o primeiro prefeito eleito da capital tocantinense, de 1993 a 1996. Palmas foi fundada em 1989, após a criação do estado de Tocantins pela Constituição de 1988.

Por sua vez, Paulinho Freire (hoje no União Brasil) foi vice-prefeito de Natal (RN), eleito para o período entre 2009 e 2012, e assumiu a prefeitura por um breve período no fim de 2012. Neste domingo, o atual deputado federal derrotou a também parlamentar Natália Bonavides (PT).

Esses dois candidatos não foram considerados no levantamento porque não foram eleitos para mandatos consecutivos.

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