Estudante cria game inspirado em ‘Batalha Naval’ para facilitar estudo da tabela periódica; veja como funciona


Com protótipo, aluno de 15 anos da Etec de Taquaritinga (SP) conseguiu uma bolsa de iniciação do CNPQ. Versão completa do aplicativo ainda precisa passar por desenvolvimento. Aluno da ETEC de Taquaritinga (SP) explica como funciona jogo com a tabela periódica
Um clássico entre os jogos de tabuleiro, a Batalha Naval foi a inspiração encontrada por um estudante de Taquaritinga (SP) para criar um aplicativo que ajuda na compreensão da temida tabela periódica. Ainda com nome provisório de “Química Naval” e em fase de protótipo, o software se baseia no mesmo mecanismo de combinação de colunas e linhas, mas, em vez das embarcações do adversário, se acerta o elemento químico correspondente (veja vídeo acima).
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O trabalho rendeu uma bolsa de iniciação científica de categoria júnior concedida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) a Vitor Mateus Teixeira Alves, de 15 anos, do primeiro ano do ensino médio e do curso técnico de desenvolvimento de sistemas na Etec.
“Eu gosto bastante de desenvolver, dessa parte criativa, e realmente para me desafiar para criar novos horizontes pra mim”, conta.
Game inspirado em ‘Batalha Naval’ virou projeto de aluno de Taquaritinga (SP) para ajudar no estudo da tabela periódica
Valdinei Malaguti/EPTV
‘Química Naval’
Tudo começou quando a professora de química Gislaine Aparecida da Cunha decidiu estimular, entre os estudantes, ideias de gamificação para o aprendizado da tabela periódica.
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“Eu percebia durante as aulas de química a grande dificuldade dos alunos em relacionar a tabela periódica com um conteúdo importante dentro da química, e dessa forma pensei, por que não unir a questão do jogo, que é um recurso que chama bastante atenção dos jovens hoje em dia? Principalmente pela mudança de comportamento na sociedade e os conceitos teóricos da química pra fazer o aprendizado se tornar mais eficiente”, diz.
Foi aí que Vitor, sob orientação de Gislaine Cunha e dos professores Luciana Aquaroni e Luciano Barros, utilizou seus conhecimentos em programação para criar o modelo de um game. “A gente utilizou um aplicativo para desenvolvimento de aplicativos para celulares mesmo. Eu já tinha uma base nele, e através da ideia delas a gente colocou no software.”
Vitor Mateus Teixeira Alves, de 15 anos, desenvolveu aplicativo inspirado em ‘Batalha Naval’ para facilitar compreensão da tabela periódica
Valdinei Malaguti/EPTV
A dinâmica é similar à Batalha Naval, com dois oponentes, mas o tabuleiro dá lugar a um aplicativo. As colunas correspondem às famílias a que os elementos químicos pertencem e as linhas horizontais, ou períodos, correspondem ao número de níveis eletrônicos que eles possuem.
Se no clássico do tabuleiro se acerta a localização do navio inimigo, ou se atinge a água quando se erra, no “Química Naval” o resultado esperado é encontrar o elemento químico correspondente. Em uma demonstração para a reportagem, Vitor dá o exemplo: escolhe a coluna 1 e o período 5 e encontra o rubídio (Rb).
“Aqui é como se a gente tivesse colocado um navio da nossa esquadra e acertamos, ponto pra gente”, explica.
Para a professora, essa associação promovida por meio de uma disputa divertida tem tudo para melhorar o aprendizado de quem tem dificuldade em química. “Tem a questão da competição que chama bastante atenção e o lúdico, essa é a ideia”, afirma a professora Gislaine.
Aluno da ETEC de Taquaritinga (SP) ganha bolsa por desenvolver jogo didático
Bolsa de estudos
A ideia empolgou tanto que a Etec decidiu inscrever o projeto do Vitor em um edital do CNPQ específico para estudantes de ensino médio. O estudante não só foi contemplado com uma bolsa de estudos como ficou em segundo lugar entre todos os projetos de escolas técnicas do estado.
“Quando eu me inscrevi realmente eu não tinha noção que poderia ter esse resultado”, afirma o jovem.
Agora, o estudante tem pela frente bastante trabalho para aprimorar o protótipo e torná-lo um game completo para estudo de toda a tabela periódica.
“Criamos essa coordenada apenas para duas colunas, agora é aumentar, colocar toda a tabela periódica, e baseado no jogo da batalha naval criar um aplicativo que é possível ser jogdo entre duas pessoas para memorização dos elementos, das posições. Estou muito feliz, vendo meu trabalho dando resultado e ansioso do que o futuro trará.”
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