Matheus Rocha, do Br’oz, fala de conexão com o filho em projeto musical: ‘Química muito legal’


Ao g1, Matheus Rocha e o filho Lucas Medeiros falaram sobre o ‘Family City’, detalhes sobre a nova fase do Br’oz e a sintonia proporcionada pela união de duas gerações através da música. Matheus Rocha, do Br’oz, e Lucas Medeiros falam sobre projeto musical entre pai e filho
Reprodução/TV TEM
Muitas pessoas ficam chocadas quando descobrem que seus ídolos – e “crushes” – da adolescência cresceram e já são pais. Vivenciar o amadurecimento destes artistas é uma experiência única, e ela vai além quando os filhos deles também resolvem virar músicos.
📲 Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp
É o caso de Matheus Rocha, integrante do Br’oz, boy band que ficou conhecida no início dos anos 2000 após emplacar sucessos como “Prometida” e “Se Você Não Está Aqui”. Quase duas décadas após o sucesso estrondoso do grupo, o artista se juntou ao próprio filho, Lucas Medeiros, de 24 anos, para um projeto musical.
Lucas nasceu em Sorocaba (SP), assim como pai e, em 2021, os dois decidiram criar o “Family City”. Ao g1, eles falam sobre o propósito do projeto, além de detalhes sobre a nova fase do grupo Br’oz e a sintonia entre pai e filho unindo duas gerações através da música.
Matheus Rocha, do Br’oz, e Lucas Medeiros falam sobre projeto musical ‘Family City’, entre pai e filho
Arquivo Pessoal
O duo Family City surgiu durante a pandemia da Covid-19 já que, com a quarentena, Lucas e Matheus precisaram encontrar uma forma de se manterem conectados, uma vez que moravam em cidades diferentes e não tinham como se visitar. Esta foi uma forma do filho seguir os passos do pai e, juntos, trabalharem com batidas eletrônicas e melodias marcantes.
“Nós funcionamos muito bem juntos; temos uma química muito legal na hora de desenvolver as ideias e produzir as músicas. No momento, estamos preparando as faixas, que já estão prontas para serem lançadas”, compartilha Matheus.
Uma dessas faixas é a “Wanna Feel”, que conta com videoclipe. O objetivo do projeto, para eles, é alcançar o máximo de pessoas que se identifiquem com esse estilo de música, para que possam se conectar com o público em futuras apresentações ao vivo.
“Além de gerar momentos entre pai e filho, esse projeto nos permite fazer o que amamos juntos. Decidimos criar o ‘Family City’ porque sempre tivemos uma forte ligação, mesmo morando separados um do outro. Todas as vezes que ficávamos juntos, nós usávamos a música como uma forma de nos conectar melhor”, destaca Lucas.
Apesar de atualmente morar em Holambra (SP), Matheus nasceu e morou em Sorocaba até seus 22 anos. Ele ainda frequenta eventualmente o município, assim como Votorantim (SP) – cidade vizinha -, para visitar alguns familiares.
Lucas também nasceu em Sorocaba e, embora tenha se mudado para São Paulo e morado na capital durante um período, retornou à cidade natal em 2012. O jovem atua no mercado pop eletrônico como artista e produtor musical há uma década.
Matheus Rocha, do Br’oz, e Lucas Medeiros falam sobre projeto musical ‘Family City’, entre pai e filho
Arquivo Pessoal
De pai para o filho e de filho para o pai
Por conta da cultura proporcionada pelo pai e a mãe, Sady Medeiros, ambos artistas, Lucas sempre foi fortemente envolvido com a música. Dos seis aos 12 anos, frequentou o conservatório Tom Jobim, em São Paulo, estudando piano, violão, coral, teoria musical e percussão. Aos oito, ele já realizava composições e, aos 14, começou a explorar a música eletrônica.
“Música é o que eu amo fazer desde pequeno, e ver tudo o que passei nessa jornada até os dias de hoje me motiva a continuar aprendendo e inovando cada vez mais. No meu cotidiano eu percebo que ela está presente em tudo e em todos os lugares”, conta.
“Então, mesmo que eu tentasse fugir, ela me puxaria de volta. É como tirar um peixe da água e querer que ele respire: imediatamente ele vai querer voltar para sua casa. A música é e sempre foi o meu lugar.”
Lucas Medeiros atua no mercado pop eletrônico como artista e produtor musical há 10 anos
Divulgação
Matheus conta que a sensação que tem ao observar o filho persistir na carreira musical, tanto ao seu lado quanto individualmente, é de orgulho. “O Lucas é uma versão 2.0! Tem uma grande habilidade e facilidade com a música. É tudo muito natural pra ele, e isso me impressiona demais”, diz.
Lucas brinca que, muitas vezes, a relação deles mais parece de dois irmãos: “Enchemos bastante o saco um do outro mas, quando é para cuidar, sempre temos um momento para trocar conhecimento, tanto de pai para o filho, quanto de filho para o pai”.
“Profissionalmente nós estabelecemos um encontro de duas gerações, trazendo a bagagem artística de cada um pra dentro da dupla”, finaliza o filho.
Matheus Rocha, do Br’oz, participa de duo musical ‘Family City’
Divulgação
Sim! Sim! Sim!
“Sim! Sim! Sim! Esse amor é tão profundo! Você é minha prometida, eu vou gritar pra todo mundo”. Os versos do hit “Prometida” foram de grande sucesso e repercussão entre os millenials e a geração z, sendo reproduzidos até hoje.
Matheus tinha 22 anos quando o grupo Br’oz foi formado, originalmente com cinco integrantes, em 2003. Além dele, a boy band brasileira também contava com André Marinho, Jhean Marcell, Oscar Tintel e Filipe Duarte.
As atividades musicais foram encerradas em 2005 mas, alguns anos mais tarde, em 2020, eles foram convidados para realizar uma live solidária durante a pandemia da Covid-19. No entanto, este foi um momento em que Filipe participava de outro projeto e, por questões contratuais, não pôde participar, saindo da banda.
“Após essa live decidimos retomar as atividades com quatro integrantes e uma nova proposta, que traz a nostalgia daquela época mas também conta uma nova história. Nunca cogitamos um quinto integrante, pois não faria sentido colocar alguém que não tenha vivido junto com a gente o que vivemos em todos esses anos”, conta Matheus.
Aos 43 anos, o cantor menciona que muitos detalhes dessa nova fase se fazem necessários, pois as circunstâncias atuais não são como há duas décadas. “Moramos longe um do outro, temos nossas atividades individuais, e isso faz com que o Br’oz seja um projeto esporádico neste momento”, explica.
Grupo Br’oz foi atração do programa Caldeirão com o Mion no final de agosto de 2024
Arquivo Pessoal
Desafios da indústria musical
Ser ousado, criativo e inovador talvez seja uma das tarefas mais difíceis dos artistas, de modo geral, no Brasil e em todo o mundo. Para Lucas, por exemplo, “o maior desafio de qualquer músico hoje em dia tem sido se diferenciar e se destacar no mercado”.
“Sabemos que milhares de músicas e projetos são lançados por dia, e chamar atenção do consumidor ao nosso trabalho fica cada vez mais complexo”, explica. “O tempo das pessoas é muito disputado e valioso, então temos que trabalhar muito bem para que separem um pouco do seu tempo para conhecer um novo projeto ou uma nova música.”
Matheus Rocha, do Br’oz, e seu filho Lucas Medeiros, produtor musical
Divulgação
Diante desse dilema, Matheus deixa um conselho, pensando em todos os jovens que estão iniciando uma carreira musical e nos músicos que já deram os primeiros passos mas se encontram desanimados com a profissão.
“A vida é feita de desafios e aprendizados. Sem isso a gente não cresce, não chega a nenhum lugar. Um ponto importantíssimo, mas muito difícil, é a gente não se comparar a outras pessoas, pois somos seres únicos e cada um tem sua importância e sua história.”
“Quando olhamos para o lado perdemos o foco e buscamos um sonho que nunca vai ser nosso. Busque sempre ser melhor que você mesmo e seja correto, pois as coisas vão rolar naturalmente no seu tempo”, finaliza.
Antes e depois dos integrantes da atual formação do grupo Br’oz
Divulgação
*Colaborou sob supervisão de Júlia Martins
Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí
VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM
Adicionar aos favoritos o Link permanente.