Justiça de Santarém mantém prisão de principal alvo da operação ‘Maestro’; outros três foram liberados


Julio Cesar Lima Maia dos Santos, o maestro, vai continuar preso. Dois suspeitos receberam liberdade provisória com cautelares e quarto envolvido vai para prisão domiciliar. Material apreendido pela Polícia Civil no bairro Maracanã
Divulgação
Foi realizada na sexta (25) a audiência de custódia com os suspeitos de envolvimento com tráfico de drogas e facções criminosas em Santarém, no oeste do Pará. Três dos presos puderam voltar para casa, enquanto que o principal alvo da Operação Maestro continua preso.
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De acordo com a decisão do juiz Flávio Oliveira Launde, os suspeitos Antonio Daniel de Jesus da Silva (o Bacalhau), Leandro Souza de Andrade (o Léo) e Carla Caroline Santos Duarte (Carol ou Carolzinha) foram liberados, enquanto que Julio Cesar Lima Maia dos Santos (o “Maestro”) vai permanecer preso.
Ainda segundo a decisão, Carla Caroline dos Santos Duarte e Leandro Souza de Andrade receberam o benefício da liberdade provisória com monitoramento eletrônico e cumprimento de cautelares, incluindo:
Permanecer em casa nos dias da semana de 21h às 7h da manhã e passar as 24h do dia em casa nos domingos e feriados;
Não ter contato com testemunhas ou outros envolvidos na operação, além de não andar em gangues e galera e nem com pessoas que estão respondendo a nenhum crime e nem medidas socioeducativas;
Não usar bebidas alcoólicas e entorpecentes;
Não frequentar bares, boates, casas de Show, locais de prostituição, jogos, torneios de futebol ou baralho e lugares similares;
Já o suspeito Antônio Daniel De Jesus da Silva foi beneficiado com a prisão domiciliar por ser pai de 2 filhos menores de 12 anos e, segundo a Justiça, ser o único responsável por estes. Ele será monitorado por tornozeleira eletrônica.
O principal alvo da Operação, Júlio Cesar Lima Maia dos Santos (o Maestro) teve a prisão em flagrante convertida para prisão preventiva. De acordo com a decisão, é nítida a periculosidade do suspeito, por isso, deve permanecer preso.
“Com relação ao custodiado Júlio Cesar, resta nítido a sua periculosidade e a intranquilidade causada no meio social pelo delito a ser apurado, bem como não subsistindo qualquer motivo que se justifique a revogação da sua custódia cautelar, nos termos da decisão, sem prejuízo de reapreciá-la em momento processual posterior. Acrescento que vislumbro presentes os requisitos do artigo 312 do CPP, quais sejam, indícios de autoria, prova da materialidade e os requisitos específicos da conveniência da instrução criminal. Outrossim, as medidas cautelares diversas da prisão não são suficientes para a conveniência da instrução criminal, ao menos no presente momento”, diz um trecho da decisão.
A Operação
De acordo com a polícia, os quatro suspeitos foram localizados na noite de quinta (24) em um apartamento no bairro Maracanã, onde reside Julio Cesar. Do local, eles sairiam de moto para fazer a entrega das drogas na modalidade “delivery”.
No interior do apartamento a polícia encontrou 17 pacotes de maconha, um tablete de maconha e 24 pacotes de cocaína.
Os quatro presos também são investigados por suspeita de envolvimento com uma facção criminosa, o “comando vermelho”. No local a polícia também encontrou e apreendeu uma arma de fogo, munições, materiais utilizados para embalar drogas e uma moto.
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