Boulos e Nunes trocam acusações sobre segurança, pandemia e apagão em último debate em SP

Guilherme Boulos e Ricardo Nunes no debate da GloboReprodução/Globo

No último debate do segundo turno da eleição para prefeito de São Paulo, realizado nesta sexta-feira (25) e transmitido pela TV Globo, os candidatos Guilherme Boulos (PSOL-SP) e Ricardo Nunes (MDB-SP) apresentaram críticas e trocaram acusações sobre temas centrais para a capital paulista,como drogas, Covid-19 e apagão.

Guilherme Boulos cobrou explicações de Nunes sobre políticas de segurança pública, questionando-o diretamente sobre sua postura em relação à segurança.

“Gostaria muito que você respondesse por que não votou no projeto que aumentava a pena para criminosos”, disse o deputado, buscando explicações sobre o posicionamento do prefeito em votações específicas.

O prefeito, por sua vez, associou o seu concorrente ao apoio à descriminalização das drogas, ao que o deputado federal respondeu que defende a distinção entre usuário e traficante: “Usuário é caso de saúde pública. Traficante é criminoso”.

Outro ponto de embate entre os candidatos foi a atuação da administração municipal durante a pandemia de COVID-19.

Nunes enfatizou que, sob sua gestão, “São Paulo foi a capital de vacinação durante a pandemia”, em resposta às críticas de Boulos, que sugeriu que o prefeito estaria alinhado com posicionamentos negacionistas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ).

Apagão em São Paulo

A administração de serviços públicos também foi tema do debate. Boulos criticou a atuação de Nunes em relação à concessionária Enel, responsável pela distribuição de energia, e mencionou que a cidade enfrentou três grandes quedas de energia no último ano.

“Na sua gestão, São Paulo ficou sem luz três vezes em um ano, e você não teve pulso para cobrar a Enel”, afirmou o candidato do PSOL.

Além disso, ele questionou os custos funerários na capital, afirmando que o serviço “era um dos piores avaliados pela população de São Paulo”.

Smart Sampa

Quando questionado sobre o Smart Sampa, um sistema de gestão digital implantado pela prefeitura, Boulos se comprometeu a mantê-lo, mas ressaltou que inicialmente houve discordância sobre a contratação do serviço devido a irregularidades apontadas.

“Vou manter e ampliar. Mas não foi só o PSOL contra o Smart Sampa. O Ministério Público também foi contra, porque a empresa que você contratou tinha irregularidades, algo comum no seu governo. Depois você corrigiu e aí o Smart Sampa passou a funcionar”, explicou Boulos, relembrando o processo de implantação do sistema.

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