Caso Anic: assassino confessa que socou advogada na garganta

A defesa de Lourival Corrêa, acusado de assassinar a advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy, revelou em depoimento que ele desferiu um soco na garganta da vítima e, em seguida, “fez o uso de fitilho [tipo de fita usada para embalar presentes] no pescoço da vítima”, após perder o controle. A polícia encontrou objetos da advogada relacionados ao crime em sua residência.

A advogada foi vista com vida, pela última vez, na manhã de 29 de fevereiro deste ano, quando saiu a pé de um shopping em Petrópolis (RJ). Lourival confessou o assassinato de Anic em setembro, durante depoimento na 2ª Vara Criminal da cidade, e indicou onde o cadáver estava.

De acordo com a advogada Flávia Fróes, responsável pela defesa de Lourival, “ele novamente afirmou o uso do objeto durante a execução da vítima”, ou seja, o fitilho. Lourival contou que Anic estava guardando uma “surpresa” para ele e havia pedido para que ele “abusasse dela”, algemada e vendada.

De acordo com Lourival, ela teria dito ao assassino o seguinte: “Eu quero que você me coma de quatro algemada e vendada. Hoje, na verdade, quero que você abuse de mim”.

“Quando ela falou aquilo, eu me ceguei, infelizmente, perdi a cabeça ali e fui pra cima dela. Segurei o cabelo dela e dei um soco aqui nela [garganta] forte. Ela caiu de cabeça no chão, para trás, bateu a cabeça no chão. Quando ela bateu a cabeça no chão, começou a urinar”, contou.

Lourival disse que usou um “fitilho para ver se parava de sair sangue”, após ter socado a garganta da vítima.

“O encontro de sangue no lençol com a marca do hotel arrecadado no local da ocultação do corpo confirma integralmente a versão do acusado quanto ao modo de execução do crime de homicídio”, informou a defesa.

O caso

Anic Almeida Peixoto Herdy, de 55 anos, advogada e estudante de psicologia, estava desaparecida desde o dia 29 de fevereiro deste ano. Na última vez em que foi vista, ela usava um vestido bege e amarelo, com um colete jeans. O principal suspeito do desaparecimento seria Lourival Correa, apontado como amante da vítima.

A defesa de Lourival alegou que ele cometeu o crime a mando do marido da vítima, Benjamin Cordeiro Herdy. Segundo a versão apresentada, Lourival teria enterrado e concretado o corpo de Anic. O crime ocorreu em Petrópolis, Rio de Janeiro.

Em depoimento, Lourival revelou que o crime começou a ser planejado em janeiro, um mês antes do desaparecimento de Anic. O corpo foi encontrado no final de setembro.

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