Datafolha: Paulistanos afetados por apagão após temporal no dia 11 ficaram, em média, 35 horas sem energia


Dentre os eleitores que moram na capital paulista e foram impactados pela falta de luz, 47% tiveram algum tipo de prejuízo. Restaurante na Henrique Schaumann atende clientes a luz de velas
Rodrigo Rodrigues/g1
Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (24) mostra que 34% dos eleitores da cidade de São Paulo foram afetados pelo apagão decorrente do temporal de 11 de outubro. Em média, essa parcela da população ficou 35 horas sem energia elétrica.
Dentre os paulistanos afetados pelo apagão, 47% tiveram algum tipo de prejuízo.
42% dos prejuízos foram com relação a alimentos estragados por falta de refrigeração;
10% foram pela interrupção no uso de aparelhos para monitoramento e tratamento médico;
7% foram devidos a aparelhos elétricos queimados;
6% foram por perdas de medicamentos que necessitavam de refrigeração.
Apesar de três em cada 10 eleitores de São Paulo terem sido afetados pelo apagão, apenas 46% dos impactados entraram em contato com a distribuidora Enel para falar sobre a falta de energia. Desses, mais da metade não foi atendida.
Confira a página especial de pesquisas eleitorais de São Paulo
O levantamento foi encomendado pela Folha de S.Paulo e entrevistou presencialmente 1.204 pessoas acima de 16 anos na cidade de São Paulo nos dias 22 e 23 de outubro. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%. O registro no TSE é o SP-07600/2024.
73% acham que SP não está preparada para eventos extremos
Ainda segundo a pesquisa, 73% dos paulistanos acreditam que a capital não está preparada para lidar com eventos climáticos extremos, como ventos fortes e tempestades. Apenas 1% considera o município “muito preparado” para isso, enquanto 26% o enxergam como “um pouco preparado”.
A atuação do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), para solucionar os problemas causados pela tempestade foi avaliada como “ruim/péssima” por 42% dos entrevistados, “regular” para 39% e “ótima/boa” para 17%.
A maioria dos eleitores (70%) considera que a Enel teve um desempenho “ruim/péssimo” na resolução dos problemas frente ao apagão. Somente 6% classificam a atuação da distribuidora como “ótima/boa”. Os demais 24% acham que foi “regular”.
O índice de eleitores que acreditam que o contrato com a Enel deve ser cancelado se aproxima ao dos que criticaram o desempenho da empresa, sendo 71%. Uma parcela de 24% acha que não deve ser cancelado. O restante diz não saber.
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