Saiba qual o time do coração de Maguila, lenda do boxe brasileiro

São Paulo — José Adilson Rodrigues dos Santos, o Maguila, morreu, na tarde desta última quinta-feira (24/10), vítima de demência pugilística, em uma clínica terapêutica localizada em Itu, no interior de São Paulo. Para além das grandes conquistas no boxe, o pugilista gostava de futebol e torcia para o Sport Club Corinthians Paulista.

Maguila ostentava a sua torcida em fotos nas redes sociais.

Veja:

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A relação de Maguila com a equipe alvinegra também existiu dentro do ringues.

A primeira derrota do boxeador aconteceu no ginásio do Parque São Jorge, sede do Corinthians, na zona leste de São Paulo, em 1985. Na ocasião, Maguila perdeu por nocaute para o argentino Daniel Falconi. Um ano depois, venceu a revanche no mesmo local.

Primeiro campeão mundial

Maguila começou a treinar boxe em 1979, e a primeira luta veio dois anos depois, em 1981, no tradicional torneio “Forja de Campeões”. Foi campeão brasileiro pela primeira vez em 1983, após vencer Waldemar Paulino, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. No ano seguinte, no mesmo ginásio, nocauteou o argentino Juan Antonio Figueroa no primeiro round e se tornou campeão sul-americano dos pesados, título que manteve por 10 anos.

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Maguila morreu aos 66 anos

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Ele morreu nesta quinta-feira (24/10)

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Maguila morreu em São Paulo

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Ele foi várias vezes campeão brasileiro e sul-americano de boxe na categoria peso pesado

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O ex-esportista enfrentou demência pugilística por anos

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Em 1995, Maguila se tornou o primeiro brasileiro campeão mundial dos pesos pesados, pela Federação Mundial de Boxe (WBF), uma entidade considerada de segunda prateleira, ao vencer Johnny Nelson, em Osasco, na Grande São Paulo.

Sergipano de São Paulo

Ele morava em São Paulo desde os 14 anos, quando veio de Aracaju, no Sergipe, onde nasceu. Maguila começou a trabalhar na capital paulista como ajudante de pedreiro, onde chegou a passar fome, conforme disse no documentário “Maguila”, de Galileu Garcia, lançado em 1987.

“Fiquei amarelo, pálido. Foram três meses (comendo) pão com banana. Minha morada era um caminhão abandonado no Butantã, desses que carregam entulho. Quando o dono descobriu que eu dormia lá, tirou o caminhão, e eu fiquei (dormindo) no poste”, disse o lutador na ocasião.