Descartados no Santos, Aguirre e Maxi renascem no Peñarol e são armas contra o Botafogo

Diego Aguirre e Maxi Silvera estão em alta no Peñarol(Foto: Dante Fernandez / AFP)

O Botafogo encara o Peñarol (URU) nesta quarta-feira (23), às 21h30, no Estádio Nilton Santos, pela ida da semifinal da Libertadores. No elenco dos “Carboneros”, dois nomes importantes passaram pelo Brasil recentemente e não deixaram tanta saudade.

Alejo Garcia, setorista do Peñarol na “Rádio Sport 890”, disse em entrevista ao iG Esporte que a chegada de Aguirre era muito esperada nos últimos, e o rebaixamento pelo Santos não influenciou negativamente. Por outro lado, Maxi era uma incógnita, mas vem superando expectativas.

“Diego Aguirre é ídolo do Peñarol. Marcou o gol da conquista da Copa Libertadores de 1987. Como técnico, foi campeão uruguaio e havia chegado à final da Libertadores de 2011, que perdeu para o Santos. Há muitos anos os fãs esperam por seu retorno. Quando se concretizou, não importava como as coisas aconteciam em Santos. Aguirre tem um vínculo muito especial com o Peñarol e sua torcida. Transcende tudo. Até mesmo um mau momento esportivo. Já Silvera foi um jogador que já havia sido artilheiro do futebol uruguaio, mas não se sabia como poderia atuar em um time como o Peñarol. Atendeu, superou as expectativas. Não só pelos gols, mas também pela contribuição para o jogo”, disse.

Maxi Silvera: o goleador

Nascido na cidade de Pando, no Uruguai, Maximiliano Silvera, conhecido como “Maxi”, de 27 anos, começou a carreira no Cerrito e ganhou destaque nacional ao marcar 21 gols em 30 jogos em 2021. O destaque foi tanto que o centroavante chamou a atenção do futebol mexicano.

No começo de 2022, Silvera acertou sua transferência para o Juárez, do México. Já no início deste ano, o uruguaio permaneceu no país e foi contratado pelo Necaxa, antes de chegar ao Santos.

Maxi chegou ao Peixe por indicação de Diego Aguirre, mas as coisas não funcionaram como era o esperado. Com a camisa santista, foram 12 jogos, um gol e uma assistência.

Após o rebaixamento, o Santos optou por não permanecer com Maxi Silvera. Foi do jogador, inclusive, o gol de honra na goleada sofrida pelo Internacional por 7 a 1. No clássico contra o Palmeiras, deu assistências para Marcos Leonardo marcar o gol da vitória.

Contratado novamente após Aguirre pedir, Maxi Silvera soma 36 jogos, 13 gols e seis assistências com a camisa do time uruguaio.

“Desde sua chegada ao Peñarol, Silvera é o centroavante titular. Estreou-se em clássico amistoso marcando um gol de bicicleta contra o Nacional. A partir daí, tudo foi bom. Apesar de ser centroavante, ele tem muita movimentação, tanto para descer e fazer contato com a bola, quanto para marcar, ou para ir para as laterais se a jogada assim exigir”, disse Alejo.

Diego Aguirre: a volta do ídolo

No dia 6 de agosto de 2023, o Santos anunciou a contratação de Diego Aguirre para tentar o milagre e escapar do rebaixamento. Quando o treinador chegou ao Peixe, o clube estava na 17º posição com 18 pontos, sendo o primeiro no Z4.

O uruguaio permaneceu no Santos por apenas cinco jogos, venceu apenas um e perdendo quatro confrontos. Quando deixou o Alvinegro, o clube continuava na 17ª colocação.

Atualmente com 59 anos, Aguirre começou a carreira como técnico no Plaza Colonia e ganhou destaque em 2003 ao assumir o Peñarol, conquistando o campeonato uruguaio no mesmo ano. Também teve passagens pelo futebol árabe, argentino e mexicano. No Brasil, o uruguaio já comandou Internacional, Atlético-MG e São Paulo.

Nesta temporada, Aguirre comandou o Peñarol em 45 jogos, 31 vitórias, oito empates e seis derrotas. Ele retornou à equipe em que fez sucesso como jogador e também treinador. Nem mesmo os trabalhos recentes com pouco brilho atrapalharam a empolgação do torcedor.

“Peñarol e Aguirre têm uma ligação especial. É difícil explicar por que quando dirige este clube está sempre bem. Alguns apostam no sentimento pelas cores, outros em algo mais místico. Até sorte. A realidade é que para Aguirre o Peñarol não é apenas mais um time. Certamente é por isso que ele dá tudo o que tem, todo o seu esforço, mais de 100%. Isso não significa que não aconteça em outras pinturas (com cores de outros times). Nem mesmo os melhores treinadores do mundo ganham sempre. Mas é inevitável entender o amor que ele sente pelas cores amarelo e preto”, completou o jornalista Alejo.

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