Brumadinho: parentes e amigos das vítimas do rompimento de barragem fazem homenagem na hora da tragédia, 12h28


Tragédia matou 270 pessoas e três continuam desaparecidas. Cinco anos depois, ninguém ainda foi punido. Parentes e amigos homenagearam mortos em rompimento de barragem em Brumadinho
Lucas Franco/TV Globo
O dia era 25 de janeiro de 2019. O horário, 12h28. Momento exato que a barragem da mina do Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho, na Grande BH, se rompeu matando 270 pessoas – três ainda continuam desaparecidas. Doze milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério foram despejados na bacia do Rio Paraopeba. Até o momento, ninguém foi punido.
Para marcar os cinco anos da tragédia, nesta quarta-feira (25), às 12h28, na Praça das Joias, no letreiro da entrada da cidade, parentes e amigos homenagearam as vítimas em um momento de muita emoção.
Balões vermelhos de gás hélio com sementes de girasol foram soltos e uma música, tocada. A intenção é que cada semente germine e floresça, representando da uma das 270 joias perdidas.
Ainda no mesmo local, eles também disseram palavras de ordem e todos respondiam: “Nós não vamos esquecer”. Também houve momentos de oração.
“Há cinco anos eu perdi a minha joia, a minha filha mais velha, Priscila Elen, por uma displicência, por falta de empatia. (…) Nós estamos aqui e, há cinco anos, pedindo por justiça. A gente nunca vai esquecer o que aconteceu naquele dia 25, que convive com a gente todos os dias”, disse, indignada, Maria Regina da Silva, mãe da Priscila.
Indígenas participaram de homenagem às vítimas de rompimento de barragem em Brumadinho
Lucas Franco/TV Globo

Mais cedo, eles se concentraram na Praça de Eventos e depois saíram em caminhada por justiça. Os participantes foram até o Centro e distribuíram plaquinhas com os nomes individuais de cada uma das vítimas com a palavra “Presente”.
Depois eles pararam na Ponte Central, sobre o Rio Paraopeba, amarraram fitas brancas com o nomes das vítimas e distribuíram fitinhas de pulso e corações.
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Homenagem: caminhada por justiça feita em Brumadinho em memória das vítimas de rompimento de barragem
Lucas Franco/TV Globo
No mesmo local, após celebração da Missa do Santuário do Rosário, os fiéis se juntaram aos romeiros da Romaria pela Ecologia Integral e foram para o letreiro na entrada da cidade, na Praça das Joias.
Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão (Avabrum).
A mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, dois dias depois do rompimento da barragem da Vale
Foto: Douglas Magno/AFP
Brumadinho 5 anos: familiares de vítimas mortas convivem com dor e pedem justiça
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