TCU aponta que mais pessoas ficaram sem luz em SP do que Enel admitiu

O Tribunal de Contas da União (TCU) notou que a Enel subnotificou em aproximadamente 1 milhão o número de pessoas atingidas pelo apagão em São Paulo. O dado chamou a atenção porque a correção foi feita pela concecionária de energia elétrica após decisão do ministro Augusto Nardes, que determinou o compartilhamento em tempo real de dados pela companhia.

O novo número foi apresentado pelo presidente da Enel, Guilherme Lencastre. No comunicado, o dirigente anunciou o fim da crise de energia elétrica que se arrasta desde o dia 11/10. Ele afirmou que, no auge da crise, 3,1 milhões de consumidores ficaram sem energia elétrica. Antes, porém, a Enel divulgou que o pico foi de 2,1 milhões de pessoas sem luz.

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Ministro do TCU Augusto Nardes

Centro de SP enfrenta novo apagão
Imagens de satélite mostram antes e depois de apagão em São Paulo - 11 e 13 de outubro
Imagens de satélite mostram antes e depois de apagão em São Paulo
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Tarcísio, Nardes e prefeitos de SP

Marcelo S. Camargo / Governo do Estado de SP

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Ministro do TCU Augusto Nardes

Ed Ferreira/Estadão Conteúdo

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Centro de SP enfrenta novo apagão

Reprodução/TV Globo

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Imagens de satélite mostram antes e depois de apagão em São Paulo – 11 e 13 de outubro

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Imagens de satélite mostram antes e depois de apagão em São Paulo

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A subnotificação não passou batida pelo TCU, que realiza uma auditoria sobre os contratos de concessão da Enel através da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Para ministros da Corte, já há condições para uma intervenção do governo federal na empresa, mas a decisão precisa partir do Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD).

Nesse contexto, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e prefeitos de 15 cidades da região metropolitana de São Paulo entregaram uma carta ao TCU solicitando que seja determinada ou uma intervenção federal na empresa ou a suspensão do contrato.

Como mostrou o Metrópoles, os investimentos em manutenção por parte da Enel tiveram redução superior a R$ 100 milhões no primeiro semestre deste ano em São Paulo. O dado consta em relatório divulgado pela empresa.

Esse número representa 24,7% a menos no gasto com manutenção. Esse investimento foi de R$ 419,145 milhões no primeiro semestre de 2023, mas passou para R$ 315,508 milhões no mesmo período deste ano.

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